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| CARLA LIMA |
A ilha do Pico pertence ao Arquipélago dos Açores e deve o seu nome à majestosa montanha vulcânica, a montanha do Pico, a mais alta de Portugal.
A ilha do Pico é maioritariamente conhecida pela sua paisagem vinícula e vulcânica, tendo sido considerada uma das Sete Maravilhas Naturais de Portugal.
Toda a gente que tem a oportunidade de visitar esta ilha, apaixona-se pelas suas paisagens, pela gastronomia, pelos vinhos e pelas suas gentes.
Eu, infelizmente, ainda não a conheci, mas na crónica desta semana não podia deixar de falar na primeira edição do Festival Cordas. Este Festival é organizado pela Associação Mirateca Arts, situada na Madalena do Pico e que tem como mentor, uma força da natureza, “the one and only”: Terry Costa.
Antes de falar do Festival em si tenho de abrir aqui um parêntesis para enfatizar o trabalho do Terry e da Mirateca Arts.
A Associação Mirateca Arts foi fundada em 2002 em Vancouver no Canadá e em 2012 passou a ter a sua sede na Madalena do Pico. Tem como finalidade produzir, promover e apresentar artistas, mostras e eventos abrangendo as várias áreas artísticas. A Mirateca Arts é responsável por diversos projectos de grandes dimensões e é um exemplo de como é possível dinamizar a cultura, ter boas ideias e concretizá-las fora dos grandes centros urbanos. Um desses projectos é o Azores Fringe Festival que tem trazido às nove ilhas dos Açores, artistas mundiais de várias áreas como foi o caso deste ano. Sem menosprezar, obviamente, os outros artistas, o argumentista vencedor de um Óscar pelo filme “Ligações Perigosas”, Chistopher Hampton, foi um dos convidados do Fringe. Christopher Hampton nasceu há 70 anos na ilha do Faial e só voltou à ilha devido a este convite.
Para mais informações sobre a Mirateca Arts podem aceder ao seu site:www.mirateca.com ou ao seu facebook:
O homem à frente da Mirateca Arts e que faz com que tudo isto e muito mais seja possível, e muitas vezes sem apoios e sem a divulgação devida da comunicação social, é Terry Costa. Um sonhador que nos desarma com o seu sorriso e o seu extremo profissionalismo.
Mais um exemplo da sua perseverança e vontade de lutar pela arte e pela sua divulgação é a primeira edição do Festival Cordas, o único festival do mundo dedicado aos instrumentos de cordas. Este Festival que decorre na Madalena, de 11 a 18 de Setembro, vai dar destaque à viola da terra, um instrumento tradicional do arquipélago dos Açores e que será tocada por Rafael Carvalho e por tocadores locais.
A guitarra portuguesa de Marta Pereira da Costa, o timple de Beselch Rodrígues (Canárias), a guitarra de Marco del Castillo (Tenerife), o berimbau de Pedro Escobar (Brasil), a harpa gótica de Silveira Anjos Teixeira (português a residir em Berlim) e o cavaquinho de Amadeu Magalhães também se farão ouvir na Praça da Madalena, na Câmara Municipal, na Santa Casa da Misericórdia e nas escolas locais.
Mas este Festival não se faz só de música. Paralelamente haverá um workshop de pintura, a apresentação do livro “Conto da Mulher de Cordas”da escritora açoreana Carolina Cordeiro, um ciclo de cinema e muito mais…
Tudo bons motivos para quem estiver no Pico não perder este Festival.
Para mais informações aceder ao site: www.festivalcordas.com
O Festival abre no Domingo, dia 11 de Setembro às 16h30 na Praça da Madalena. Se tiver uma Viola da Terra, seja afoito e junte-se a este Festival. Estão todos convidados para uma bela “guitarrada”!
“O Homem sonha e a Obra nasce.”
Fernando Pessoa
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