ANDRÉ QUEIRÓS |
As paragens no calendário competitivo, como o natal e passagem de ano, podem ser muito benéficas ou também prejudiciais para o grupo, depende do contexto e daquilo que o líder, neste caso o treinador, opta por fazer tendo em conta esse mesmo contexto. Nestas alturas é certo que o número de sessões de trabalho será reduzido, a ausência de competição baixa os índices de motivação do grupo e que este tipo de datas e celebrações acarretam alguns “excessos” para o organismo do atleta.
Tendo tudo isto em conta e mais uma vez, repito, dependendo do contexto em que estamos inseridos, o treinador deve:
- Distribuir as folgas pela paragem para evitar um interregno de treino exagerado;
- Agendar jogos de caráter amigável para procurar aumentar os índices motivacionais do grupo para o trabalho na paragem;
- Procurar trabalhar aspetos micro (individuais e grupais) do jogar da sua equipa, que muitas vezes se perdem no nosso planeamento semanal em semanas de competição;
- Multar aqueles atletas que cheguem ao recomeço dos trabalhos acima do seu peso de época;
- Procurar nestas fases fazer atividades extra futebol com o grupo, jantares, convívios entre outros o que acaba por fortalecer os laços de amizade e companheirismo entre os seus elementos;
- Fazer uma análise e introspecção para perceber o que tem estado menos bem até então e incidir com mais tempo e paciência no trabalho desses aspetos tendo em vista a sua melhoria.
Em suma o treinador deve perceber o que o seu grupo precisa naquele momento e ir ao encontro disso, caso ele consiga na dose certa o trabalho que é fundamental, o repouso junto das famílias e amigos que o atleta também precisa e o convívio entre os elementos do grupo eu acredito que as equipas vão encontrar o equilíbrio e sair mais fortes para o que se avizinha das competições.
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