LÚCIA LOURENÇO GONÇALVES |
De facto, cada vez mais sinto que sou uma das privilegiadas que, mesmo não exercendo a minha atividade profissional diretamente com as crianças, a todo o momento chegam-me aos ouvidos os seus risos genuínos, as suas vozinhas animadas e cheias de vida… A esperança em estado puro!
E passar pelos corredores da Instituição e receber uma criança que, literalmente “voa” para os meus braços, confiante e segura, uma das melhores experiências que vivo com alguma frequência.
Despertar nestes seres tão especiais, pequenos mas intuitivos e muito sensíveis a tudo o que lhes é exterior, este tipo de entrega manifesta, é uma delícia e um privilégio!
Claro que estes “anjinhos”, também se transformam em autênticos “diabretes” quando se trata de traquinices, e nem sempre facilitam a vida a pais e Educadoras… São crianças!
Traquinas, doces, imprevisíveis na sua inocência infantil, ou porventura na sua manhosice já bem treinada...
Sim! Porque estes seres angelicais, por vezes de “anjos” apenas têm o aspeto… Pois na sua tenra idade, alguns e porque lhes é permitido, aprendem cedo a manobrar os adultos a seu belo prazer.
Porém, trabalhar no “reino da pequenada” pode transformar um dia cinzento num outro multicolor, e para que tal aconteça, basta que estejamos dispostos a ser contagiados pela magia de ser criança!
E entre trabalhar num espaço onde o único som seja apenas o do teclado do computador ou dos telefones a tocar… Ah seguramente não existe dúvida na escolha.
Sou sim, uma privilegiada porque em cada sorriso e em cada abraço que recebo e dou: existe amor, simplesmente!
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