DANNY SOUSA |
A respeito da prática de atividade física, estudos demonstram que cerca de 20% da população europeia é obesa e que nos tempos de hoje nos deparamos com uma significativa diminuição no nível de atividade física entre os adolescentes, com a agravante do tempo gasto em frente à televisão, que na maioria das vezes está associado ao consumo de alimentos considerados pouco saudáveis.
O conhecimento da importância dos hábitos de saúde e da prática de atividade física regular são imprescindíveis para a manutenção da saúde, desta forma, pais e crianças devem estar devidamente informados. A adolescência pode ser definida como uma fase de transição entre a infância e a idade adulta, compreendendo a faixa etária entre 10 e 20 anos.
Durante a adolescência, assumir o novo corpo de adulto e identificar-se com ele nas novas funções é assumir a perda de um corpo de criança. Esta perda ou luto acontece paralelamente à posse de uma nova identidade corporal. A aquisição de uma identidade própria, passando da fase de dependência para independência e o relacionamento grupal fora de casa trazem alterações importantes na alimentação do adolescente.
A preocupação com o porte físico e a aparência corporal é um dos problemas mais importantes. Atualmente, a forte tendência social e cultural de considerar a magreza como uma situação ideal de aceitação e êxito influenciando cada vez mais os adolescentes, principalmente os de sexo feminino. As adolescentes têm medo de engordar e em consequência desejam um controle do seu peso.
Esses padrões impostos pela sociedade influenciam negativamente o consumo alimentar, principalmente no sexo feminino pois, para se manterem dentro dos padrões de beleza, as adolescentes chegam a omitir refeições importantes como pequeno almoço ou o jantar, acarretando baixo consumo de energia e, por conseguinte, proporções erradas entre os nutrientes.
A prática de atividade física e desportiva está associada ao bem-estar e qualidade de vida, quer de per si, quer por relação com comportamentos alimentares saudáveis.
Crianças e jovens tornam-se, assim, numa população em que a intervenção é mais urgente. Por isso mesmo a OMS (Organização Mundial de Saúde) relata que a inatividade física é o quarto maior fator de risco no que se refere à mortalidade global.
Os adolescentes seguem os hábitos sedentários dos adultos, bem como a forma de encarar o exercício físico, nomeadamente as razões comuns habituais para não o implementarem na sua rotina diária. Se os adultos encaram um estilo de vida pouco ativo, este será o modelo a seguir pelos mais jovens. Assim é de grande importância a mudança dos hábitos sedentários dos adultos para que os jovens encarem que o sedentarismo, a redução das deslocações e de esforços físicos generalizados está intimamente relacionada como aumento de peso. É premente a inclusão, por parte dos adultos, atividades físicas na rotina semanal dos jovens, por forma a que este hábito saudável os permita manter pesos dentro dos padrões recomendados.
Alguns exemplos que não serão muito difíceis de incluir nas rotinas diárias passam por deslocações pedonais para a escola, redução do uso de elevadores, alguns passeios pelos parques e jardins das localidades e até alguns desportos coletivos ou individuais.
Tendo em conta que as condições climatéricas influenciam em muito a adoção destas atividades/rotinas, esta é a época do ano ideal para que estas práticas comecem a fazer parte integrante da rotina diária dos jovens. Uma vez implementadas, e o gosto pelas mesmas ganho, será com prazer que os jovens associarão a atividade física a um corpo e mente ativos e saudáveis.
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