RUI CANOSSA |
Crise. A palavra deriva do grego Krisis e significa conjuntura ou momento perigoso. De facto a crise que atualmente vivemos é o conjunto de desequilíbrios nos mais diversos mercados. Ora por excesso de oferta ou excesso de procura.
O governo de António Costa tem de procurar resolver os problemas que se têm vindo a instalar na economia portuguesa e na sociedade em geral.
De facto, a taxa de desemprego, principal flagelo da nossa economia, subiu para 12.4% no primeiro trimestre de 2016. A juntar a isto e relacionado está o volume de negócios nos serviços ter caído 5.7% e os consumidores portugueses perderam confiança pela primeira vez desde 2013. Os preços da produção industrial acentuaram a sua queda o que significa menos rendimento e risco de deflação. A produção na construção continua a cair 5.1%.
A nível de comércio externo as exportações caíram, 3.9% depois de anos de crescimento, tendo as importações recuado 0.8%, podendo agravar o défice comercial.
Mas a nível das contas do Estado o cenário não é o mais animador para usar um eufemismo. O Défice orçamental, que resulta da diferença entre as receitas e as despesas, aumentou 108 milhões de euros face a 2015, o que levou a agência de rating Moody´s a não acreditar no défice de 3% do PIB para este ano. E quando estes senhores não acreditam as taxas de juro para a dívida costumam aumentar. Relacionado com o défice excessivo está a dívida pública, ou seja, o que o Estado deve, por acumulação de défices sucessivos. Neste particular a dívida pública aumentou 1.7 mil milhões de euros.
Com este cenário de crise generalizada o governo tem pela frente um conjunto de desafios muito grande para resolver, já para não falar de outras crises em diversos setores sensíveis da nossa sociedade como é o caso da educação, justiça, da banca e segurança social. É caso para dizer que estamos em crise de Costa a Costa.
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