JORGE NUNO |
Pois bem, sou escorpião! Talvez seja melhor soletrar: es-cor-pi-ão… es-cor-pi-ão!... (no mínimo, alguém dirá logo: “Ui!...”). Já nem sei é obstinação, pura falácia, ou suja predição de ineficácia… isto de ver o signo como sina malfadada, deixando à partida, encurralados todos os que têm um signo de “má-fama”. Nunca gostei de generalizações abusivas, pois sei que cada ser é único. Sinceramente, apesar de falar no assunto, é algo que não me perturba, pois se me entregar a algo apaixonadamente, tiver algumas capacidades ou talento para o efeito e souber aproveitar a conjuntura e as oportunidades surgidas, sei, por antecipação, que tudo se resolverá em conformidade e não tenho com que me preocupar.
Apesar disso e tendo como pano de fundo o zodíaco, fiquei recentemente a saber que este é um ano de liberdade, que se deve entender como de libertação. Haverá novas ideias, movimento, impulsividade por instinto ou intuição, encontro com sentimentos profundos… Também há muito que sei que é nesse encontro com sentimentos profundos que me fico a conhecer melhor.
Com suavidade, deixo escapar o que se encontra escondido na caixa do “politicamente não correto”, tendo presente que a minha casa cármica mostra-me o que quero esconder e não mostrarei a ninguém. Também sei que tudo o que é negativo em mim tem um tempo de vida limitado e, como tal, simplesmente, desvalorizo-o, procurando manter na mente, de forma permanente, imagens positivas.
Assim, conheço-me como homem capaz de:
– Procurar o contacto com a natureza e apreciar as coisas simples da vida;
– Relacionamentos com bases sólidas, apesar de alguns constituírem-se como desafios permanentes;
– Criar empatias (algumas hipnotizantes) e, facilmente, desenvolver novas amizades;
– Nunca se deixar acomodar ou cristalizar, estando sempre disponível para avaliar a renovação, com as inerentes mudanças a operar, depois de ouvir o coração;
– Saber aproveitar (com garra) novas oportunidades, convicto de que não deve abraçar todos os desafios, mas aqueles que abraça, irá desenvolvê-los com paixão, mesmo mantendo a produtividade sem ordem de prioridade;
– Ser um abridor de caminhos e lançador de sementes, que tenham desenvolvimento e continuidade em novos ciclos (mesmo que outros fiquem com os louros);
– Idealizar, programar e liderar projetos em que acredita, com envolvimento, persistência, dedicação e exemplo (bem ao estilo do “follow me”);
– Enfoque no essencial, em detrimento do acessório, imprimindo uma marca pessoal nos esforços;
– Sentir-se carregado de energia positiva e muita luz e, na contrariedade, saber arranjar forças para erguer a cabeça e subir para a garupa do cavalo, desfrutando, de novo, a caminhada;
– Acreditar e envolver-se em causas, olhando serenamente para a vida, mas sempre com denotado entusiasmo;
– Atravessar períodos de grande sensibilidade, com tudo o que isso implica, mas procurando agir com alguma dose de inteligência emocional;
– Gostar de ser fiel à sua essência, pelo que evita tudo o que seja facilitismo e que esteja fora dos princípios éticos, que há muito interiorizou e não abdica;
– Sentir-se abençoado pela coragem de resolver a maior parte das questões, e se outras não consegue… é porque a solução não depende de si.
Aproveito alguns momentos da noite para uma profunda reflexão. É curioso: enquanto lá fora está escuro, eu fico com uma perspetiva mais clara das coisas! Tal, permite redefinir o percurso, para orientação futura, embora, na maior parte das vezes, simplesmente deixe fluir…
Para mim, durante muito tempo e apesar de saber da sua movimentação no espaço, as estrelas sempre estiveram em posição “estável” e pessoalmente favorável, tal como a minha constância em relação às coisas boas da vida, que recebo e agradeço diariamente. Sei que nasci no Ano Internacional do Sol Calmo. Pelo meu mapa astral, sei que sou um nativo com o Sol em escorpião e com a Lua em oposição. Também sei dos indícios “coincidentes” com o meu lado misterioso, emocional, sensível, determinado, capaz de facilmente brilhar (sem usar purpurinas) chamando a atenção por onde vier a passar e no gosto em ser notado pelos seus méritos (e não, certamente, por pendurar abóboras no pescoço).
A verdade é que pouco me importava com tudo isso, e ainda menos com: o ascendente Saturno, na casa 8, a contribuir para ter vontade de mudar os padrões e aprender a ter mais desapego, deixando-me a vontade de alívio progressivo na carga da bagagem, que levo na viagem; o domínio de Plutão, por estar na casa 7, a caraterizar-me de forma determinante ao nível relacional; a hora sideral aquando do meu nascimento, em que Mercúrio, Vénus e Neptuno se encontravam na casa 9 (juntamente com o Sol), tivessem uma enorme influência nas grandes mudanças e/ou se me foi proporcionada uma generosidade a atingir os limites do inconsciente, que me terá levado ao desejo de ensinar/formar/difundir o saber, mas sempre com a vontade insaciável e permanente de aprender e aumentar o conhecimento.
Ai este generoso espelho que me faz ver e realçar o lado bom que há em mim!
Sou como sou. Sou Escorpião! E daí?
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