Nova equipa. A mesma atitude. BASE IPAM. |
Um dia entras numa sala e estás rodeado de 40 pessoas novas, todas com personalidades distintas, umas mais afetivas, outras mais resguardadas. Dás por ti a ser avaliado por cada gesto, por cada sorriso, é iníquo, mas a sociedade é mesmo assim. O ser humano é tão complexo, tão complexo que não deixa transparecer o ser verdadeiro Eu até se sentir parte integrante de algo. Não existe decano, são todos novos, todos com objetivos distintos, mas com vontade de vencer na vida.
Não se pode agradar a toda a gente e quando se tenta agradar a Gregos e Troianos o resultado é que não é o objurgatório por se ser eclético. Dizem que o ser humano tem a tendência de manter as amizades que fez na infância e na juventude e existe uma explicação sensata para isso: não estávamos constantemente com máscaras, deixávamos que a cumplicidade dita-se o caminho, eramos impoluto, não tínhamos malícia, ainda não conhecíamos verdadeiramente o mundo e ainda não tínhamos tido desilusões. Por isso, quando se chega a uma certa idade é mais difícil fazer amigos. Somos desconfiados, tentamos fazer analogias com outras personalidades que passaram pela nossa vida. Estamos de pé atrás à espera que seja o outro a dar o primeiro passo.
Este ambiente estiola o nosso Eu. Isto acontece em novos empregos, novas turmas, novos ciclos de amigos. Quando saímos do nosso habitat natural sentimo-nos perdidos, estamos tão habituados às nossas rotinas, ao nosso mundo que esquecemos que existe um outro mundo lá fora, não melhor, não pior. Apenas diferente que merece ser tido em conta sem misantropia. Claro que a competição está lá, só podia estar. Todos querem ser melhores que todos e aproveitam cada oportunidade para mostrar que não estão ali para fazer número e, caso possam, vão-te tirar o lugar num futuro próximo, todavia, ninguém é incauto ao ponto de não saber disso mesmo.
Mas mesmo neste ambiente caótico não é permitido ser-se pérfido, ardil, jactancioso.
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