JOÃO RAMOS |
O ano lectivo em Portugal é possui uma média de 180 dias, ao passo que na Coreia do Sul e no Japão, os valores correspondem os 243 e 240 dias respectivamente. Como possuem muito mais tempo em sala de aulas, os alunos nipónicos e coreanos podem facilmente aumentar o tempo de treino e aprendizagem, melhorando a sua performance e abarcando de forma adequada todo o conteúdo programático das disciplinas. Não é de admirar, que os mesmos estudantes afirmem que 92% das perguntas do exame de geometria descritiva e álgebra foram devidamente estudadas em aula. Em contrapartida, para os estudantes ocidentais apenas 52% das perguntas foram abordadas durante o aula lectivo. De forma a contornar este problema, um grupo de escolas públicas piloto com autonomia relativamente ao governo Americano, denominado por KIPP, optou por aumentar o tempo despendido pelas crianças nas escolas, acrescentando 50%/60% de actividades extra curriculares, incluindo aulas aos sábados de manha. Os resultados foram verdadeiramente notáveis. Localizada nas áreas ou regiões mais pobres dos EUA, 82% dos seus alunos atingiram os níveis mínimos de proficiência a matemática, álgebra e leitura. Nas escolas públicas, este valor ronda os 16%. Para além disso, mais de 80% dos estudantes das KIPP, seguem os seus estudos no ensino superior, uma taxa elevadíssima, se atendermos, ao facto, de se tratar de alunos de estratos sociais baixos. Baseados no rigor, disciplina e no acompanhamento sistemático, existem mais de 50 escolar KIPP espalhadas pelo país, embora a lista de espera atinja valores demasiado altos.
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