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| CATARINA PINTO |
Foi em fevereiro de 2014, ou seja, precisamente há 32 meses que deixei para trás o cinzento da cidade, o frio dos dias descoloridos, as aventuras de cruzar as ruas e os passeios onde passos apressados reinam, como se o amanhã fosse já terminar nos próximos 10 minutos. A confusão de um autocarro barulhento e carregado de poluição…
Deixei tudo para trás… trabalho, casa, escola… tudo na vida se pode alterar e está nas nossas mãos modificar o que nós está a corroer.
E, assim, num dia de chuva de fevereiro, eu e a minha família Mudamos para Amarante… Embora vivemos no centro da cidade, é bem diferente do que viver nas periferias do Porto.
A qualidade de vida alterou-se drasticamente para melhor.
Aqui pode caminhar-se pela ecopista ou junto ao rio, levar os meus filhos à escola sem depender de transportes… faz bem caminhar mesmo que se vá para o trabalho. Ao fim de semana aproveitamos para fugir rumo a uma das aldeias de Amarante, junto a Serra do Marão… aqui encontra-se a serenidade e paz vestidas com a tranquilidade de cada dia e de vida. Pode-se sentir os dias passar com as cores, ora de Verão ora de Outono. A paisagem tem sempre uma cor. Tudo tem mais sabor, até a comida, os frutos… e sabe tão bem comer os figos da figueira, ali junto a ela, a conversar, ver os filhos brincarem entre a terra e os animais. Toda esta liberdade falta nas cidades…
É por isso não sinto falta dela… se aqui somos felizes no meio da simplicidade.
Aqui encontramos a inspiração para o nosso dia a dia, para os nossos sonhos e utopias.
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