FRANCESINHA JÁ É TRADIÇÃO EM TRÁS OS MONTES

CRÓNICA DE ANTÓNIO REIS
(PÃO TRANSMONTANO)

Por toda a região de transmontana poderemos encontrar vários Snack´s Bar onde degustar os mais variados sabores de “francesinha”. Mas em todos eles o segredo está no molho, dizem! Embora a apresentação e imagem pouco varia, a qualidade da carne utilizada na confecção da “francesinha” é muito diferente da região transmontana para o litoral. Para cá do Marão, depois de passar o maior “furado” da Península Ibérica, túnel do Marão, as famosas “francesinhas” estão a ter fama pela qualidade dos produtos utilizados na confecção: ovos e carne de vaca produzidos e criados na região marcam a diferença.

A BIRD Magazine visitou um dos muitos locais onde são servidas as mais afamadas “francesinhas” da região, tendo a oportunidade de comunicar através da segunda língua oficial portuguesa; o mirandês. Entramos no Snack Bar Amadeus, na cidade de Vila Real, onde não conseguimos escutar qualquer música de Mozart devido ao ruído dos pratos e clientes que enchiam uma das duas salas de refeição do estabelecimento. Mas, a ornamentar as paredes não faltam as fotografias do músico, assim como de actos históricos e monumentos da cidade de Vila Real, todas a preto e branco tal como a cor da farda dos colaboradores do Snack Bar Amadeus.

A suculenta carne de vaca de origem transmontana, assim com o fofo pão bem embebido no apaladado molho à mistura da gema de um ovo caseiro, tudo era perfeito; caso o molho fosse servido mais amiúde aos clientes. Sendo necessário o cliente pedir que seja acrescentado o apaladado e saboroso molho.

O preço por pessoa ronda os €10, não incluído a bebida

A gerência do Snack Bar Amadeus tem uma palavra para os emigrantes nesta época do ano: “A todos os nossos clientes e amigos desejamos umas óptimas férias e para aqueles que se vão deslocar ao nosso país que façam uma boa viagem. ..até já”.

Um Douro à mesa

A acompanhar a tão afamada refeição, muito solicitada na cidade do Porto e mais apreciada na região de Trás os Montes, poderíamos aconselhar um qualquer vinho português com qualidade reconhecida. Nós optamos por um vinho do Douro, produzido e engarrafado pela Sociedade Agrícola Quinta Vale D`açor, um “cartola” reserva que não se perde entre os seus congéneres durienses: cor avermelhado escuro, aroma afrutado e suave, deixa na boca um aveludado sabor total que pode levar a “pecar” a quem tem a responsabilidade de conduzir.

Uma garrafinha, 75 cl, deste famoso néctar tem o modico preço, à saída da adega, de €7

Soc. Agrícola Quinta Vale D`açor Lda.  

5130-000 Nagoselo do Douro

Telefone: 254 484 504