quarta-feira, 24 de agosto de 2016

DIFERENÇAS NA SEXUALIDADE

``A discriminação sexual existe porque a homossexualidade inverte os papeis sexuais socialmente estipulados tanto par o homem, quanto para a mulher.´´

MÁRCIA PINTO
Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem a sua própria singularidade que a distingue como ser humano individual, em face ao seu gosto, antipatia, talento, sexo, cultura, língua, religião e nacionalidade. Entretanto, as diferenças sempre alimentaram discórdias entre as pessoas e grupos sociais.

Nesse sentido, um dos problemas que deve ser enfrentado por toda a humanidade é a tendência existente de definir as pessoas diferentes em termos negativos, de ver essas pessoas e o grupo ao qual pertencem como inferiores e não merecedores de respeito.

Isto deve-se à tendência de classificar as pessoas em grupos distintos e homogêneos, com base em critérios de cor, língua, cultura, nacionalidade, preferência sexual e religião. Sob este aspeto, os grupos são classificados em desejáveis ou indesejáveis, advindo daí, a falta de respeito com o direito a ser diferente.

Desta forma, quando uma criança nasce, a sua identidade sexual é reconhecida pelos caracteres sexuais primários. Se essa criança irá confirmar ou não a sua identidade sexual, dependerá da complementação dos caracteres secundários que são os testículos nos meninos e ovário nas meninas com um processo mais complexo – o sexo psicológico – que se desenvolverá com o passar dos anos. Se no sentido fisiológico, as pessoas podem ter a sua identidade sexual definida a partir da presença de órgãos sexuais característicos de cada gênero, o mesmo não ocorre com o sexo psicológico.

Deste modo, a sexualidade se apresenta numa escala variante que vai desde um comportamento extremamente feminino numa mulher, passando por mulheres pouco femininas, mulheres masculinizadas, homens feminizados e homossexuais femininos e masculinos. 
O termo orientação sexual é considerado mais apropriado do que opção sexual ou preferência sexual. Estudos recentes realizados dentro da sexualidade mostram que ainda na infância, a tendência sexual começa a desenhar-se, motivo pelo qual o termo opção sexual é inadequado, uma vez que a tendência sexual começa a manifestar-se mais ou menos aos sete anos de idade. Neste período a criança ainda não possui uma capacidade avaliativa a que possamos chamar de “escolha”. O que geralmente ocorre é que a criança nesta idade tenta reunir-se às crianças do sexo com que irão identificar-se psicologicamente e se este não estiver de acordo com a fisiologia, ela tende a ser discriminada pelas outras crianças.

Assim, orientação sexual é diferente de comportamento sexual, porque se refere a sentimentos e autoidentificação. Algumas pessoas, por medo ou repressão, não expressam a sua orientação sexual nos seus comportamentos. A estas, a psicologia chama de egodistônicos (ao contrário, os egosintônicos são aqueles cujo comportamento está sintonizado com a sua identidade sexual).

Os homossexuais são discriminados, quer a nível social, ao demonstrarem de livre vontade à sociedade os afetos amorosos que vivem, podendo significar insultos, agressões psicológicas para com a sociedade, levando muitas vezes os jovens a terem depressões e tentarem o suicídio; quer a nível religioso, que por vezes, são rejeitados; quer a nível profissional, onde alguns homossexuais podem ser despedidos, ou não serem promovidos devido à sua orientação sexual; quer a nível jurídico, onde os homossexuais ainda não têm os mesmos direitos que os heterossexuais, principalmente nas relações conjugais.
Para poder combater este tipo de discriminação, a sociedade tem que ter menos preconceitos contra os homossexuais e as lésbicas, isto porque as atitudes negativas para com os homossexuais são baseadas em estereótipos. Assim, no quotidiano, o importante é procurar evitar as ideias estereotipadas e tratar estes indivíduos com o mesmo respeito que nutrem por indivíduos heterossexuais.

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