ELISABETE RIBEIRO |
Nas últimas décadas apenas atletas africanos foram capazes de correr maratonas abaixo das 2h 06m, e os grandes destaques da lista de recordes são os quenianos e os etíopes. Dominam por completo os cenários de corrida.
Por que são eles tão bons?
DNA – Leves, magros, pernas longas e incansáveis, parece terem sido feitos para correr.
Segundo um estudo publicado num jornal de Medicina e Ciências do desporto mostrou que os corredores quenianos têm VO2 máx. (índice de aproveitamento de O2) muito altos e uma grande economia de corrida. Também acumulam menos ácido lático no sangue durante a prova. Outro fator estudado foi a composição muscular desses atletas. Segundo ele os africanos possuem mais fibras IIA (relacionadas à força e à velocidade) e menos do tipo I (associadas à resistência).
MONTANHAS – Além da componente genética há também a salientar o meio onde estão inseridos. A maioria daqueles atletas nasce e treina em altitudes acima dos 2000 metros. Com isso o corpo habitua-se a trabalhar com menos oxigénio e promovem adaptações gerais que melhoram a economia da corrida. Correm em trilhos de terra batida e montanhas, requerendo mais força e menos riscos de lesões. São também muito ativos desde a infância dado que vivem, geralmente, em regiões rurais e precisam caminhar longas distâncias.
A SUBIR – Treinam em subidas e em trilhos duros permitindo aumentar a força e a qualidade do treino. Fazem muito fartlek e variam o terreno onde executam os treinos.
GANHAR – Oriundos de um país de extrema pobreza, a corrida é a única hipótese de escaparem à pobreza e auxiliarem as famílias. Deixam tudo e seguem à procura de oportunidades de sobrevivência. Não importa se a corrida é fácil ou difícil, com frio, sol, chuva ou só com subidas. Concentrados, chegam, correm e… ganham!! O pódio é a recompensa!!!
Fonte: sport life
Sem comentários:
Enviar um comentário