sexta-feira, 10 de novembro de 2017

UNIÃO SINDICAL EUROPEIA

JOÃO RAMOS
No Camboja, os sindicatos tem vindo a exercer uma enorme influência na melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores das indústrias exportadoras, como o têxtil ou o calçado, sendo responsáveis pelo aumento dos salários mínimo, que triplicou, em termos reais, ao longo da última década. No entanto, temendo a deslocalização destas industrias para outros países, o governo decidiu introduzir medidas, no sentido de limitar o poder dos sindicados e enfraquecer os trabalhadores, em relação às entidades patronais, nomeadamente através passagem das disputas laborais para os tribunais civis, constituídos por juízes e procuradores de carácter duvidoso e pouco independentes. Além disso, grandes companhias como a Zara e a HM estão a pressionar o governo, no sentido de suavizar o cumprimento das leis laborais e da redução das ações de fiscalização.

Neste caso, os sindicatos dos países da União Europeia deveriam atuar em conjunto, junto das autoridades comunitárias, no sentido de limitar as trocas comerciais com economias que não respeitem os direitos dos trabalhadores. Seria interessante, criar uma união sindical europeia, a qual teria uma representação no seio das instituições europeias, estando incumbida de fiscalizar o cumprimento das regras básicas de trabalho, nos países extra comunidade. Desta forma, estaríamos a contribuir para a melhoria global do mercado de trabalho e sobretudo para promover a justa concorrência entre nações.

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