segunda-feira, 13 de novembro de 2017

ODONTOFOBIA – O MEDO DE IR AO DENTISTA

INÊS MAGALHÃES
O ser humano quando nasce não possui qualquer tipo de crença ou preconceito, estes são-lhes incutidos por aqueles que o educam a fim de se tornar uma pessoa independente. Os hábitos e costumes daqueles cuja criança tem como referência vão sendo assimilados por ela de forma gradual e ao longo de todo o seu desenvolvimento.

Deste modo, os hábitos de higiene oral e o medo/fobia de ir ao dentista também acabam por ser transmitidos, ainda que de forma inconsciente, de educadores para educando. Por muito que os pais insistam com os filhos para que estes escovem os dentes e que têm de ir ao dentista de forma regular, se estes também não o fizerem as crianças vão tomar o seu exemplo e também não o vão fazer.

A ideia de que o dentista é um “bicho-papão” é praticamente inconcebível na época em que vivemos. Quer as técnicas utilizadas, a própria formação científica diferenciada e sempre em constante atualização e mesmo o próprio ambiente no consultório, fazem da experiência no dentista algo positivo e não negativo, como acontecia no passado.

Hoje em dia, o desenvolvimento da odontopediatria (área da medicina dentária diferenciada para o tratamento da saúde oral infantil) permite que a criança entre num consultório descontraído e decorado para a sua faixa etária, onde os tratamentos aí realizados serão feitos com técnicas próprias. Assim, as crianças relembram sempre o dentista como algo positivo e a repetir. Contudo, crenças negativas dos pais devem ser evitadas ao máximo para que a criança possa construir a sua opinião pessoal e não baseada naquilo que ouviu e “pensa sentir”.

É importante que a odontofobia seja combatida, pois tal favorece um agravamento da saúde oral, o que resulta em tratamentos dentários mais complicados, não necessariamente dolorosos, mas que levam o indivíduo a temer cada vez mais a ida ao dentista.

Atualmente 99,9% dos problemas dentários têm solução e cabe ao dentista transmitir ao paciente a confiança que este necessita para levar a termo os tratamentos e combater esta sua ansiedade/medo.

Como uma boa saúde geral implica, também, a existência de uma boa saúde oral, é imprescindível que o termo odontofobia seja extinto do nosso vocabulário.

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