RAUL TOMÉ |
Não vivas pensando que ela nunca te irá abandonar, que estará sempre ali ao alcance da tua mão para saciar as tuas infindáveis sedes.
Não a destruas porque ela te destruirá de seguida, não a condenes nem a subjugues à tua vontade porque tu precisas dela para tudo, mas ela não precisa de ti para nada.
Não lhe barres caminhos, não lhe mudes a rota nem o destino e não lhe mates os filhos. Deixa-a respirar e encontrar no sal o mel que lhe adoça a vida.
Não a prives da companhia dos outros, dos que te são queridos nem dos que te são estranhos, porque se ela se der a todos, também a ti se dará.
E não to peço apenas por mim ou pelo povo de Viseu, peço-o por ela, pela Água que à custa do teu egoísmo desenfreado, desapareceu!
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