JOÃO RAMOS |
Um dos temas mais “quentes” da atualidade está relacionado com a desigualdade de tratamento entre género, o que se reflete na ausência de mulheres em posições de topo nas empresas, ou inclusivamente em diferenças de rendimento para a mesma categoria de profissão.
Para avaliar a importância do género na evolução na carreira, um grupo de investigadores Sueco e Holandês, pediu a cerca de 2000 mil estudantes, para medir o desempenho dos seus professores. Aos estudantes foram atribuídos, aleatoriamente docentes do sexo feminino e masculino, de forma a garantir a qualidade do estudo.
Avaliados de 0 a 100, os professores do sexo feminino obtiveram, em média, menos 37 pontos, do que os seus homólogos do sexo masculino. Mesmo atribuindo classificações ao material disponibilizado pelos docentes em aula, que foi exatamente o mesmo, as diferenças mantiveram a mesma ordem de grandeza. No entanto, os estudantes que foram lecionados por professores do sexo feminino registaram classificações e tempos de estudo semelhantes. Mesmo, a progressão dos alunos não se encontra relacionada com o sexo do docente, o que significa que homens e mulheres geram igual valor acrescentado para os estudantes. Além disso, a diferença é superior para os professores mais jovens, os quais se encontram numa fase de progressão na carreira vital, determinando o seu salário futuro.
Estas conclusões são preocupantes ilustrando que o problema da desigualdade entre géneros está enraizada na cultura das sociedades ocidentais, obrigando a encetar medidas, não só de carácter regulatório, mas também de cariz informativo junto das populações, com o objetivo de eliminar preconceitos.
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