segunda-feira, 25 de setembro de 2017

DEFINITIVAMENTE, TALVEZ

DIANA RAMALHO
Talvez não precisemos de razões e nos bastem os ideais.
Talvez as ideias que levam às ações sejam mais do que meios
e consigamos atingir os fins usando só o que o inconsciente nos mostra
mas raramente somos capazes de perceber.
Quem sabe.
Talvez seja mesmo amor ou estejamos perto dele, sem o saber.
Porque hoje acordei a pensar em ti mas,
por outro lado, não me recordo se sonhei contigo.
Não sei se somos feitos de saudade mas a saudade faz parte de nós
e chega a tornar-nos parte dela.
Não sei, sequer, se é sempre nossa.

Definitivamente, é amor.
Ou isso, ou estamos perto dele. No fundo, eu sei.
Somos feitos de saudade que não é nossa,
de saudade que se começa a fazer sentir quando começamos a ser dela.

Tenho saudades tuas.
Talvez acabe por matá-las ou elas me matem a mim.
Definitivamente, não precisamos de razões.
Eu amo-te e acordo a pensar em ti como se tivesse sonhado contigo.

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