quarta-feira, 20 de setembro de 2017

NA IDADE DOS PROJETOS...?

ELISABETE RIBEIRO
Estamos no início do ano letivo. Para muitos uma nova escola, para outros uma continuidade. 

Este início é recheado de adaptações quer ao funcionamento do estabelecimento de ensino quer ao agrupamento. Entre reuniões e sub reuniões, ordinárias e extraordinárias vou tomando conhecimento do número de Projetos existentes para desenvolver, com os alunos, ao longo do ano.

A característica básica de um projeto é a de ter um objetivo partilhado por todos os envolvidos, que se expressa num produto final e que terá, necessariamente, análise, reflexão, monitorização e divulgação dos resultados dentro do circuito escolar. Contudo, quando nos deparámos com turmas mistas, um ensino quase personalizado, ausência de apoios educativos que respondam às necessidades efetivas das dificuldades reais, metas curriculares a atingir, programas extensos, que tempo nos sobra para fazer registos, grelhas, análise de resultados, relatórios finais e afins deste mar de exigências dos projetos? É que não é um nem dois... é mesmo a roçar a mão cheia!

Agora questiono: será tão importante assim o desenvolvimento destes projetos, que dizem " visam a promoção e sucesso escolar dos alunos", quando nos debatemos com a falta de tempo para lecionar o programa curricular? 

O ensino não terá virado um poço burocrático onde, o que importa mesmo é o papel que diz que se fez, dando um acumulado de papeladas, tornando os docentes, secretários? 
Opinem!

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