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| ANDRÉ QUEIRÓS |
Nesta primeira crónica sobre o exercício de treino, vou abordar a inserção do aspeto Psicológico na condução do mesmo, ou seja, que aspeto psicológico ou reacções emocionais queremos que aconteçam naquele exercício, queremos preparar os jogadores para quê?
Segundo Murphy J. (1963), cada pensamento é uma causa e cada condicionamento, ou oportunidade serão apenas efeitos. Mude os seus pensamentos e mudará o seu destino. Tendo isto em conta o treinador deve preparar os seus jogadores para todo e qualquer cenário, visto que quanto melhor for a sua preparação, melhor será a sua resposta no contexto competitivo.
Na prática, por exemplo, uma equipa numa semana de jogo em casa com um adversário teoricamente inferior, no qual vai passar muito tempo em organização ofensiva e atrás do resultado será importante trabalhar em exercícios de finalização com a pressão do tempo, ou seja, colocar uma condicionante de tempo para fazer golo, caso contrário sai do exercício, perde pontos etc, sejam quais forem as regras.
Desta forma estamos a preparar o cérebro dos jogadores para lidar com a pressão do tempo, fazer golo o mais rápido possível e tornar o jogo mais fácil. Este exemplo de regra visa condicionar e direcionar o psicológico da equipa para marcar cedo, rápido, e habituar o cérebro do jogador á pressão de “ter que marcar” tal e qual como quando se joga em casa, com um adversário teoricamente mais fraco.
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