JOÃO MONTEIRO LIMA |
A poucos meses de eleições autárquicas as hostes partidárias começam a animar-se e os candidatos encostam-se em buscas de apoios que lhes garantam a sobrevivência política e o tão ambicionado "lugarzinho" na lista.
Sucedem-se os truques e habilidades, espalham-se as habituais intrigas, colocam-se mais uns quantos "amigos", sucedem-se os jogos de bastidores e os "bocarras" não se inibem de dizer o que lhes apetece e agora na era das redes sociais lá vão vociferando, destilando venenos vários. Felizmente isto não é assim com todos os candidatos, embora, penso, seja transversal a todos os concelhos.
Os que entram por este caminho, normalmente estão mais (ou apenas) preocupados consigo e com a trupe que os acompanha do que com a terra onde estão inseridos. E mais do que apresentar e confrontar ideias, preocupam-se em vomitar asneiras atrás de asneiras, o que espelha o que são e o que querem para sua terra. Depois admiram-se dos níveis de abstenção, mas só para "Inglês ver", pois é também a abstenção que leva a que este tipo de gente se vá perpetuando nos poderes.
Depois da fase da escolha, os escolhidos trocam de roupa e vestem a capa do "simpático", "do preocupado com a terra" e sucedem-se os "ó meu caro amigo, como vai?" e os "beijos e abraços". Os mesmos que terminarão pouco depois das eleições.
Tem sido assim, e não devia. Espero que mude e nada como a época natalícia para pedirmos ao Pai Natal que "ilumine" os decisores partidários para que as escolhas destes sejam as melhores para as suas terras. Eu sei que pedir isto é pedir muito, e a probabilidade de tal acontecer tão irreal como a vinda do Pai Natal da Lapónia a casa de cada criança distribuir presentes. Mas não custa pedir, até porque é Natal.
(escrito isto enfiará a carapuça que bem entender)
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