DANIELA MOREIRA |
Com a chegada do bom tempo e das férias, é fundamental considerar os nossos animais de estimação na organização deste período. Durante todo o ano, eles são parte integrante da nossa família, e, portanto, não podem ser descurados durante as férias. É sabido que durante o Verão as taxas de abandono animal aumentam exponencialmente, mas esta não é, obviamente, uma opção.
Os proprietários deverão decidir, em primeiro lugar, se pretendem levar o seu animal para o destino de férias eleito ou se, por outro lado, será mais aconselhável deixá-lo entregue a alguém responsável.
Se a opção for deixar ficar o animal, deve certificar-se que fica entregue a alguém de confiança que assegure as suas necessidades básicas e o seu bem-estar durante o seu período de ausência. Poderá deixá-lo na casa de vizinhos ou familiares ou então na sua própria casa, assegurando, neste caso, que o responsável pelo animal (vizinho, amigo, familiar ou um profissional de pet-sitting) garantem o total bem-estar do animal, mantendo, dentro do possível, a rotina a que sempre esteve habituado.
Há, ainda, a possibilidade de deixar o seu animal num hotel para animais. Antes de efetuar qualquer reserva, deverá informar-se, de forma presencial, sobre as infraestruturas e condições do mesmo, e não tomar nenhuma decisão baseado apenas em fotografias do local. Todos os animais, antes de darem entrada num hotel, deverão estar corretamente vacinados e desparasitados, interna e externamente; no caso particular dos cães, recomenda-se o reforço do protocolo vacinal com a vacina contra a Tosse do Canil (doença altamente contagiosa que se propaga de forma mais rápida em ambientes com uma maior concentração de cães, como é o caso dos hotéis). Deverá deixar o historial clínico e o contato do seu veterinário, para o caso de ocorrer algum episódio de emergência.
A segunda opção será levar consigo o seu animal de estimação. Tenha em conta que temos assistido, nos últimos anos, a um crescimento significativo do número de unidades hoteleiras que aceita alojar os nossos amigos de quatro patas. Mesmo assim, é fundamental um bom planeamento de toda a viagem, de modo a inserir o animal na grande maioria das atividades que se virão a desenvolver.
Antes de viajar, recomenda-se uma avaliação médico-veterinária prévia, de modo a garantir que o animal se encontra saudável e apto a viajar. É importante informar o seu médico veterinário sobre o destino da viagem, uma vez que poderá ser necessário um ajustamento, por exemplo, no plano de desparasitação do animal (é o caso da proteção contra a dirofilariose ou leishmaniose). Importa também o meio de transporte e a duração média da viagem, de modo a garantirmos que o animal viaja em segurança e com o maior conforto possível.
A identificação electrónica (ou microchip) é obrigatória para todos os cães que nasceram depois de 1 de julho de 2008; no entanto, apesar de não ser obrigatório, recomenda-se a identificação de todos os cães (independentemente da idade) e mesmo dos gatos, uma vez que, caso o seu animal se perca ou fuja, o microchip será fundamental na identificação do animal e do respectivo proprietário. A colocação de uma coleira onde conste o número de telemóvel do proprietário é também importante.
Se viajar para fora do país, e, particularmente, para países que não pertencem à UE, informe-se sobre as exigências particulares de cada país, uma vez que é bastante variável.
Se o seu animal tomar medicação regularmente, assegure-se que leva consigo a quantidade suficiente para toda a estadia. Aconselha-se, também, levar a ração que o animal costuma comer, para que as alterações de dieta não provoquem problemas gastrointestinais. Não se esqueça, também, de levar os documentos identificativos do seu animal, nomeadamente o passaporte ou boletim de vacinas, e tenha consigo o contacto do seu médico-veterinário habitual, caso seja necessário.
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