PAULO SANTOS SILVA E A ESPOSA, ANDREA SILVA |
Abro as redes sociais e leio que hoje é o Dia da Amizade.
Procurando com mais cuidado, descubro que apesar de ser a data em que mais se celebra a mesma, o dia aprovado para o efeito pelas Nações Unidas é o dia 30 de julho.
Faz alguma diferença?... Na minha opinião, rigorosamente nenhuma.
A amizade entre as pessoas, povos, religiões, credos e raças, deve ser algo que deve ser celebrada TODOS os dias do ano. É um lugar-comum, esta afirmação? Sem dúvida. O mais possível. Mas todos sabemos o quanto precisa de ser concretizada. Comecemos, então, pelo conceito de amizade. A amizade ou aquilo que subentendemos da palavra amizade, tem vindo a ser deturpada ao longo dos anos, nomeadamente desde o aparecimento das redes sociais. Expressões como:
- “Fulano é teu amigo?...”
- “Sim, é meu amigo do Facebook!”
- “Mas, conhece-lo?...”
- “Conhecer pessoalmente, não conheço mas enviou-me um pedido de amizade e eu aceitei.”
Aí está outro aspeto importante, o pedido de amizade. A amizade não se pede. Sente-se e só se pode sentir quando conhecemos as pessoas, quando temos interesses em comum, quando em algum momento da vida nos cruzamos e brota um sentimento forte, quantas vezes indescritível, inexplicável, indestrutível e resistente a intrigas, distâncias e divergências. O Amigo, o verdadeiro Amigo, não é aquele que está presente nas horas boas a “dar palmadinhas nas costas”. Não, caro leitor. Esse, poderá ser o chamado amigo de ocasião, a “escova”, o amigo chiclete que depois de nos usar enquanto lhe pudermos ser de algum proveito, nos irá descartar. O verdadeiro Amigo, é o Amigo que está presente em todas as horas, ainda que nem sempre fisicamente, nomeadamente nas piores. O verdadeiro Amigo é aquele que tem sempre a coragem de nos dizer aquilo que não queremos, mas merecemos ouvir.
Costumo dizer que tenho muitos conhecidos, mas poucos amigos. E sou feliz por isso. São amigos que vêm da minha infância, da escola, da faculdade, dos diversos grupos que frequentei e que frequento. São pessoas com quem tenho um percurso feito de sorrisos, lágrimas, zangas, discussões, pedidos de desculpa, eu sei lá. Alguns deles, já não os vejo há alguns anos. Alguns deles, vejo-os amiúde. Outros ainda, as circunstâncias da vida afastaram-nos geograficamente, sem nunca nos afastar do coração. Sei que posso contar com eles, assim como eles sabem que podem contar comigo, incondicionalmente, porque a verdadeira Amizade é assim mesmo – resiste a tudo!
Por isso, seja hoje, seja em outro dia qualquer, queria deixar esta minha última crónica antes de férias (com regresso prometido para setembro) envolta num grande, forte e sentido abraço a todos os meus amigos!
Feliz Dia da Amizade!!!
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