JOÃO MONTEIRO LIMA |
Tentando ir de encontro à actualidade e escrevendo sobre algo que gosto, escreverei sobre a genuinidade na politica. Apesar dos inúmeros exemplos que temos nos demonstrarem que os actores políticos preocupam-se mais com interesses próprios do que com o bem comum, entendo que a política deveria uma arte. Uma arte nobre de gerir bem e de forma genuína o que é de todos.
A politica portuguesa mudou de Outubro para cá. Tivemos uma coligação que venceu as eleições mas que não conseguiu apoio parlamentar para segurar o governo e 3 partidos, que depois de se confrontarem em campanha, souberam pôr de lado as naturais divergências e definiram as bases que sustentam um governo, que quero crer, está aí para durar.
Depois seguiu-se uma eleição presidencial que estava praticamente ganha à partida. E assim aconteceu, Marcelo ganhou a eleição folgadamente. Não foi o meu candidato, mas é o meu presidente.
Da tomada de posse para cá, não há dia que passe sem que Marcelo me surpreenda, ele quebra protocolo, ele abdica de seguranças, ele conduz o próprio automóvel. Passados alguns meses se nos concentrarmos na forma de estar do actual Presidente da República, vemos que a Presidência voltou para o local de onde nunca devia ter saído, para o povo.
Vejo genuinidade em Marcelo e vejo que os portugueses gostam de estar com ele, de sentir a mão no ombro, da inevitável “selfie”.
Vejo com agrado as intervenções de Marcelo (mesmo por vezes discordando do conteúdo) e vejo que a forma de estar de Marcelo vai contagiando cada vez mais portugueses.
E concluo que não há nada melhor que a genuinidade. Sobretudo na política onde é ela escasseia.
Será pedir muito? Pedir que haja mais genuinidade?
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