CRÓNICA DE ANTÓNIO REIS |
Desde 1995 que a aldeia de Carviçais tem recebido o maior concerto festivaleiro de música rock do interior do pais. Alguns dos festivaleiros que na passada noite estiveram no recinto do palco principal do Festival Rock Carviçais recordaram que quando na “aldeia da música transmontana” teve início o primeiro festival ainda eram crianças, e alguns, mesmo, ainda não tinham nascido. “Desde que os meus pais me disseram que podia sair com as minhas amigas; isto sempre com responsabilidade, nunca perdi qualquer edição do Festival Rock Carviçais. Este é o único festival do género musical que decorre no interior do país”. Referiu a jovem festivaleira com 19 anos de idade.
Segundo o director do festival, Francisco, esperam receber 4.000 pessoas com ingressos para os dois dias de festival. “Com um orçamento de cerca de 50 mil euros, conseguimos trazer a Carviçais as melhores bandas nacionais graças ao empenho das mesmas. Quando estas bandas não eram conhecidas nem reconhecidas em Portugal, foi em Carviçais que elas se implantaram. Em consideração ao empenho de todos aqueles que passaram pela direção do Festival Rock Carviçais, as bandas cobram apenas valores simbólicos”. Referiu
As autoridades policiais têm um papel ponderante nas relações com os festivaleiros na segurança com uma presença visível e discreta no interior e exterior do recinto e vias de acessos ao festival rock Carviçais. Numa mera acção preventiva a GNR em momento algum mostraram a intenção de qualquer acção repressiva, nem de controlo de alguns excessos que são comuns neste tipo de festivais musicais. É certo que em algumas regiões de Portugal o mais importante é a prevenção, segurança, tradição e mais-valia económica. Em especial dar a conhecer ao mundo que nos locais mais recônditos também se vive da música em comunhão social, mas sempre em segurança.
Economia e consumo aumentam em Carviçais
Durante os dois dias de Festival Rock Carviçais a economia e consumo local aumentam mais de dez vezes. Os restaurantes, residenciais, bares e outros negócios locais da aldeia de Carviçais confirmam o aumento da sua facturação de forma muito positiva. Estivemos no restaurante o “Artur”, o mais antigo de Carviçais, inaugurado pelo ex-Presidente da Republica Mário Soares, em 1995, com capacidade para 300 pessoas, onde emprega toda uma família do seu fundador um dos negócios locais que viu subir a facturação em cerca de dez vezes.
No Restaurante “Artur” a qualidade é a mesma de há mais de 24 anos, embora só tenha sido inaugurado três anos depois, um ano antes do início da primeira edição do Festival Rock Carviçais, tem como prato principal que lhe deu nome a “posta” peça de carne de vaca, sempre tenra, acompanhada por muitas das iguarias produzidas naquelas terras transmontanas, tal como a origem da suculenta carne. O valor é que não é para a bolsa do mais comum cidadão residente em Portugal, que tem um custo médio por pessoa de €22
Desejamos que próximas edições do Festival Rock Carviçais tenham a mesma grandeza de som e imagem da edição deste ano 2016
Trás-os-Montes no seu melhor. Uma região que promete com as suas potencialidades...
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