NETUCHA CAMPOA |
Quando nasci, o meu pai levou pela mão o meu irmão, que ainda não tinha três anos, a ver a mana que tinha sido "feita" por encomenda dele. No caminho foi questionando o nosso pai: " Oh papá, as mamã para serem mamã vão para o hospital e os papás para serem papás o que fazem?"
Passados 24 anos, quando tive o meu filho, calhou - me por companheira de quarto uma enfermeira desse mesmo hospital. Esse facto levava a que fossemos visitadas com frequência por colegas suas. Uma delas, desiludida com o género masculino, indignava-se: " Nós, mulheres sofremos 9 meses de gravidez, sofremos para parir, continuamos a sofrer para amamentar, e eles ainda têm o nome pomposo de pais!"
Muito mais do que uma "modernice", esta de se ter dias para comemorar tudo, o pai deixa-nos marcas para todos os dias. A todo o momento (ainda que sem o fazermos de forma consciente ), estamos a comemora - lo, a honra - lo, a lembra-lo ou, nos maus exemplos, a querer esquece - lo .
Há pais para todos os gostos e também alguns para todos os desgostos.
Tenho a sorte de ter tido um pai de que me orgulho ao ponto de o ter como o meu herói! Este ano pela 1° vez tenho um filho feito pai. E no meio, o pai dos meus filhos e o pai dos meus netos.
Cada um tão diferente dos outros, tanto no desempenho funcional como na transmissão de afectos, de valores, de incentivo, de segurança, de exemplos de vida. Cada um à sua maneira, tentando fazer o melhor, porque cada um ama os seus filhos acima de tudo e sabe que o seu papel é fundamental na estruturação da pessoa que é o seu filho. E ser pai é isso mesmo, seja progenitor ou adoptivo! Parabéns pais!!!!
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