TIAGO CORAIS |
Já aqui escrevi da necessidade de semearmos os “Guardiões da Democracia” e esta semana tentarei responder às minhas dúvidas sobre se a Theresa May DEFENDE E PROMOVE OS VALORES DA DEMOCRACIA.
Para mim, uma pessoa que defenda e promova os valores da Democracia, vê-se principalmente na forma como respeita o estatuto da oposição, as leis, as minorias, fomenta a diversidade de opiniões, a liberdade de imprensa e principalmente investe na formação dos seus Cidadãos fornecendo os intrumentos para que sejam capazes de ter um livre pensamento.
Theresa May foi uma “soft” apoiante da manutenção do Reino Unido na UE, não por convicção mas por táctica partidária. Mais, eu nem acredito que ela tenha votado dessa forma, pois a sua agenda como Ministra da Administração Interna sempre foi controlar os números da imigração no Reino Unido. Criou leis que dificultam os imigrantes de conseguirem o visto permanente, definiu até que para continuarem a viver no Reino Unido teriam de auferir um salário de pelo menos £35,000 ano. Já foram muitas as pessoas vítimas destas leis e ao contrário do que poderíamos pensar também foram quadros qualificados e integrados na Sociedade Britânica. É impossível que quem tenha esta obsessão pela Imigração apoiasse a manutenção na UE. As intenções dela sempre foram ser Primeira-Ministra. SER DEMOCRATA É SER AUTÊNTICA, THERESA MAY NÃO FOI E NÃO É.
Uma das primeiras iniciativas como Primeira-Ministra foi visitar a Escócia e falar com a líder do Governo Escocês dando uma mensagem de que iria ouvir e “construir” um Brexit com todos os membros do Reino (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). A mensagem era de União e Respeito pelas partes. No entanto, sempre disse que “Brexit means Brexit”, levando com que os mídias brincassem com essa expressão, publicando caricaturas com os seus ministros apresentando os seus planos orientados da mesma forma, ou seja, planos com chavões e vazios de ideias. “Brexit means Brexit” dava sinais do que poderia acontecer o pior e se no dia seguinte entendi o voto dos Britânicos, convicto que iriam encontrar uma saída que unisse o Reino Unido, quando começo a ouvir os primeiros discursos da Theresa May não gostei e percebi que ela seria Nigel Farage de saia, que não quer saber da Escócia porque o seu Partido não tem expressão lá. SER DEMOCRATA É DEFENDER A UNIÃO DO SEU POVO. THERESA MAY NÃO QUER SABER DA UNIÃO.
Com Theresa May, o Partido dos Conservadores tornou-se um partido radical, irresponsável e populista como o UKIP. Defendendo que os resultados do Referendo foram muito claros e que têm que respeitar a escolha democrática. Um “cliché” que tem muito de inverdade, não só os resultados não foram assim tão claros, com uma diferença apenas de 4%, quando na Escócia, na República do Norte e Gibraltar votaram pela manutenção, para não falar que em Londres, Bristol, Oxford, Cambrigde, Manchester, Leed, York, Liverpool que também votaram pela permanência na UE. Para quem não sabe os Cidadãos originários dos Países da Commonwealth puderam votar, mas os Europeus a residir no Reino Unidos e os Britânicos a viverem fora do Reino Unido não lhes deram a oportunidade de ter voz numa matéria que deve existir um consenso alargado na sociedade. Se Theresa May e os Conservadores fossem um partido democrático, no mínimo aceitariam a proposta que por duas vezes a rejeitaram no Parlamento, em que os Cidadãos Europeus a residir no Reino Unido teriam o direito a continuar a viver aqui e não seriam a moeda de troca. SER DEMOCRATA É DEFENDER OS VALORES HUMANISTAS, THERESA MAY NÃO QUER SABER DOS BRITÂNICOS A RESIDIR FORA DO REINO UNIDO, QUANTO MAIS DOS EUROPEUS A RESIDIR NO SEU REINO.
Numa Democracia Parlamentar, como a é no Reino Unido, o Parlamento e o estatuto da Oposição são para respeitar. No entanto a Theresa May, entende a sua função como Primeira-Ministra, como a única que pode “ditar” as regras, desvalorizando totalmente o Parlamento. Isto foi evidente na forma como ela gostaria de gerir o Brexit sem debatê-lo na Casa da Democracia. Foi forçada pelo Supremo Tribunal a fazê-lo, no entanto pressionou a sua bancada a seguirem as suas directrizes e não aceitou nenhuma proposta apresentada pelos deputados. Em todos os Parlamentos dos restantes países Europeus será votado o acordo da saída do Reino Unido da UE e Theresa May queria que isso não acontecesse no Reino Unido. Afirmou mesmo, que se a votação do acordo for chumbada que não iria propor nenhuma alternativa à UE. Prefere nenhum acordo a um mau acordo. SER DEMOCRATA É RESPEITAR O PARLAMENTO, O ESTATUTO DA OPOSIÇÃO E PRINCIPALMENTE NEGOCIAR RESPEITANDO TODAS AS PARTES. THERESA MAY SÓ SABE IMPOR.
Muito mais exemplos poderia aqui partilhar para chegarmos à conclusão que Theresa May no mínimo tem um défice muito grande sobre o que é ser uma Líder Democrata. A Democracia vai muito para além do voto e por isso é importante que os nossos parceiros Europeus que vão sentar-se à mesa das negociações com o Reino Unido tenham muito cuidado. Aos Europeus que residem no Reino Unido aconselho a todos para que tenham voz se inscrevam nos Partidos Britânicos (como estou filiado no Partido Trabalhista recomedo este mas o mais importante é estar inscrito num) e participem de forma activa, porque numa DEMOCRACIA A PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS É FUNDAMENTAL.
Para mim, uma pessoa que defenda e promova os valores da Democracia, vê-se principalmente na forma como respeita o estatuto da oposição, as leis, as minorias, fomenta a diversidade de opiniões, a liberdade de imprensa e principalmente investe na formação dos seus Cidadãos fornecendo os intrumentos para que sejam capazes de ter um livre pensamento.
Theresa May foi uma “soft” apoiante da manutenção do Reino Unido na UE, não por convicção mas por táctica partidária. Mais, eu nem acredito que ela tenha votado dessa forma, pois a sua agenda como Ministra da Administração Interna sempre foi controlar os números da imigração no Reino Unido. Criou leis que dificultam os imigrantes de conseguirem o visto permanente, definiu até que para continuarem a viver no Reino Unido teriam de auferir um salário de pelo menos £35,000 ano. Já foram muitas as pessoas vítimas destas leis e ao contrário do que poderíamos pensar também foram quadros qualificados e integrados na Sociedade Britânica. É impossível que quem tenha esta obsessão pela Imigração apoiasse a manutenção na UE. As intenções dela sempre foram ser Primeira-Ministra. SER DEMOCRATA É SER AUTÊNTICA, THERESA MAY NÃO FOI E NÃO É.
Uma das primeiras iniciativas como Primeira-Ministra foi visitar a Escócia e falar com a líder do Governo Escocês dando uma mensagem de que iria ouvir e “construir” um Brexit com todos os membros do Reino (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). A mensagem era de União e Respeito pelas partes. No entanto, sempre disse que “Brexit means Brexit”, levando com que os mídias brincassem com essa expressão, publicando caricaturas com os seus ministros apresentando os seus planos orientados da mesma forma, ou seja, planos com chavões e vazios de ideias. “Brexit means Brexit” dava sinais do que poderia acontecer o pior e se no dia seguinte entendi o voto dos Britânicos, convicto que iriam encontrar uma saída que unisse o Reino Unido, quando começo a ouvir os primeiros discursos da Theresa May não gostei e percebi que ela seria Nigel Farage de saia, que não quer saber da Escócia porque o seu Partido não tem expressão lá. SER DEMOCRATA É DEFENDER A UNIÃO DO SEU POVO. THERESA MAY NÃO QUER SABER DA UNIÃO.
Com Theresa May, o Partido dos Conservadores tornou-se um partido radical, irresponsável e populista como o UKIP. Defendendo que os resultados do Referendo foram muito claros e que têm que respeitar a escolha democrática. Um “cliché” que tem muito de inverdade, não só os resultados não foram assim tão claros, com uma diferença apenas de 4%, quando na Escócia, na República do Norte e Gibraltar votaram pela manutenção, para não falar que em Londres, Bristol, Oxford, Cambrigde, Manchester, Leed, York, Liverpool que também votaram pela permanência na UE. Para quem não sabe os Cidadãos originários dos Países da Commonwealth puderam votar, mas os Europeus a residir no Reino Unidos e os Britânicos a viverem fora do Reino Unido não lhes deram a oportunidade de ter voz numa matéria que deve existir um consenso alargado na sociedade. Se Theresa May e os Conservadores fossem um partido democrático, no mínimo aceitariam a proposta que por duas vezes a rejeitaram no Parlamento, em que os Cidadãos Europeus a residir no Reino Unido teriam o direito a continuar a viver aqui e não seriam a moeda de troca. SER DEMOCRATA É DEFENDER OS VALORES HUMANISTAS, THERESA MAY NÃO QUER SABER DOS BRITÂNICOS A RESIDIR FORA DO REINO UNIDO, QUANTO MAIS DOS EUROPEUS A RESIDIR NO SEU REINO.
Numa Democracia Parlamentar, como a é no Reino Unido, o Parlamento e o estatuto da Oposição são para respeitar. No entanto a Theresa May, entende a sua função como Primeira-Ministra, como a única que pode “ditar” as regras, desvalorizando totalmente o Parlamento. Isto foi evidente na forma como ela gostaria de gerir o Brexit sem debatê-lo na Casa da Democracia. Foi forçada pelo Supremo Tribunal a fazê-lo, no entanto pressionou a sua bancada a seguirem as suas directrizes e não aceitou nenhuma proposta apresentada pelos deputados. Em todos os Parlamentos dos restantes países Europeus será votado o acordo da saída do Reino Unido da UE e Theresa May queria que isso não acontecesse no Reino Unido. Afirmou mesmo, que se a votação do acordo for chumbada que não iria propor nenhuma alternativa à UE. Prefere nenhum acordo a um mau acordo. SER DEMOCRATA É RESPEITAR O PARLAMENTO, O ESTATUTO DA OPOSIÇÃO E PRINCIPALMENTE NEGOCIAR RESPEITANDO TODAS AS PARTES. THERESA MAY SÓ SABE IMPOR.
Muito mais exemplos poderia aqui partilhar para chegarmos à conclusão que Theresa May no mínimo tem um défice muito grande sobre o que é ser uma Líder Democrata. A Democracia vai muito para além do voto e por isso é importante que os nossos parceiros Europeus que vão sentar-se à mesa das negociações com o Reino Unido tenham muito cuidado. Aos Europeus que residem no Reino Unido aconselho a todos para que tenham voz se inscrevam nos Partidos Britânicos (como estou filiado no Partido Trabalhista recomedo este mas o mais importante é estar inscrito num) e participem de forma activa, porque numa DEMOCRACIA A PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS É FUNDAMENTAL.
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