JOSÉ LO FERREIRA |
" A memória (do latim memorĭa) é a faculdade psíquica através da qual se consegue reter e (re)lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de factos, dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto.
Por outro lado, a memória é uma dissertação escrita podendo ser do foro científico, literário ou histórico. "
Ouve-se frequentemente falar da memória como se a memória fosse uma parte física do corpo como células ou órgãos e é comum ouvir dizer que se têm boa ou má memória da mesma maneira que se tem como bons outros órgãos.
Ao contrário do que pensa o imaginário popular, a memória não deve ser identificada da mesma maneira que um órgão ou glândula do nosso corpo. Aquilo a que chamamos memória são na verdade, múltiplos processos completamente diferentes a que o mistério cerebral admiravelmente forma e desenvolve.
Tal como a memória pessoal, a memória coletiva é um processo cognitivo social que consiste na retenção e na evocação de informações, conhecimentos, acontecimentos, expectativas, conceitos, ideias, sentimentos… A memória é assim essencial para a nossa sobrevivência, sendo condição de adaptação ao meio para aquisição de novas aprendizagens. É a memória que assegura a nossa identidade pessoal e coletiva. Se perdêssemos a memória deixaríamos de ser aquilo que somos que fomos e o que seremos depende em grande parte da memória. É a memória de um património coletivo que nos torna únicos no relacionamento com os outros .
A memória reconstrói os dados históricos que recebe ao longo do tempo relevando uns, distorcendo ou omitindo outros.
Uma pessoa sem memória é pois um ser infantilizado.
Ter memória é fundamental para transmitir através da mesma em contexto variado e de forma transversal conhecimentos ou acontecimentos que sem ela nunca o poderíamos fazer.
Memorizar factos e datas os acontecimentos históricos da vida pessoal ou coletiva de forma escrita ou oral, são uma forma de perpetuar um conhecimento histórico. E a história ao contrário da memória pessoal ou coletiva, por força do pensamento único, nunca se apaga.
A memória leva-nos para um patamar de conhecimento sem a qual, nunca entenderíamos o presente. Como Matriz, salvaguardar património histórico e cultural.
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