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| CATARINA DINIS PINTO |
Semana de Carnaval, semana de brincadeira, folia e muita diversão mas também de reflexão. As máscaras sempre fizeram parte da nossa cultura ou religião inclusive o seu uso para contar narrativas. No Ocidente, a máscara foi utilizada primeiro na Grécia Antiga, todos os anos, durante as festividades de Dionísio, o Deus do vinho e da fertilidade. Pode se dizer que também o teatro explorou frequentemente o uso de máscaras enchendo-as de magia e surpresa. Pessoalmente acredito em duas distintas tipas de máscaras as físicas e as psicológicas provavelmente as mais profundas e pantanosas… Somos seres construídos e moldados sobre máscaras, usa-mo-las para nosso simples prazer. Abusamos delas ferindo inúmeras vezes quem nos quer proteger e cuidar. Mascaras servem para nos defender ou iludir os outros. Criam e ( re) inventam histórias. Cada ser tem mil máscaras e sabe bem disso tirando proveito ou vantagem por mais que o tentemos ocultar, inclusive eu reconheço isso… quem não as têm no seu interior? Por vezes usa-las serve para resguardar até o outro das nossas maldades e crueldades do dia –a –dia. O único que não devemos deixar é que elas absorvam a nossa personalidade e a diluam em nada. Devemos de ser mais poderosos que elas e no fim do dia quando regressamos a casa devemos pousa-las no armário do quotidiano e deixa-las descansar.
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