LÚCIA LOURENÇO GONÇALVES |
E há precisamente uma semana comemorou-se o dia do pai, e das duas uma, ou estou a ficar sem paciência ou nos últimos anos tenho andado distraída.
O facto é que me apercebi que, nas redes sociais nomeadamente no facebook, foram feitos vários comentários a criticar a comemoração do dia alegando que “dia do pai” é todos os dias. De facto assim é, mas qual o problema de haver um dia específico em que se cobre de mimos as pessoas mais importantes da nossa vida? Decididamente, não percebo… Sim! Até pode ser que o comércio se tenha vindo a aproveitar, mas se aconteceu, a culpa também foi dos consumidores que se deixaram seduzir…
Ok! A liberdade de expressão existe e, tal como sempre ouvi dizer: “cada um sabe de si”, mas há necessidade de constantemente criticar todas as comemorações, principalmente as relacionadas com laços familiares? Será que virou moda?
Afinal, em dezembro criticaram o natal, agora o dia do pai e seguindo este percurso, em maio será o dia da mãe, em junho o da criança, e por aí adiante…
Curiosamente, não ouvi criticar o carnaval! Quê, nesta época não há gastos supérfluos em fantasias e festas?
Não será isto pura e simplesmente uma inversão de valores? Estarão os laços familiares tão vulgarizados que perderam o sentido?
Mas o mais curioso é que algumas das pessoas que criticam, são também as que no dia tecem elogios e declarações de amor aos visados.
Vocês, não sei, quanto a mim não faz qualquer sentido. Claro que todos têm o direito a manifestarem-se a respeito do que quiserem, mas um pouco de contenção nas manifestações públicas não fica mal a ninguém. É que num dia ser contra e no seguinte “entrar na onda”, não abona muito a favor dos manifestantes. Digo eu!
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