quarta-feira, 4 de maio de 2016

UMA QUESTÃO DE IGUALDADE

MÁRCIA PINTO
Quase todos nos já nos perguntamos em algum momento sobre o que é ser normal. Na sociedade em que vivemos ser normal, muitas vezes, é sinónimo de ser igual. Igual a um modelo padrão onde todos se devem encaixar e em que quem não está dentro deste modelo “ideal de pessoa” é excluído da sociedade. Talvez isso justifique tanto preconceito e tantas formas de discriminação. 

Historicamente os diferentes sempre foram vítimas de perseguições injustificadas. Cite-se como exemplo a perseguição aos judeus durante toda história da humanidade e mais recentemente durante a 2ª Guerra Mundial, onde o ódio ao semelhante levou a atrocidades sem precedentes, fato que ficou mundialmente conhecido como Holocausto.

Se não bastasse, as mulheres têm menos direitos que os homens; as pessoas portadoras de deficiência ainda enfrentam dificuldades em ver os seus direitos implantados e os homossexuais ainda sofrem discriminação em virtude das suas preferências sexuais.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que os direitos humanos são direitos que valem para todo mundo, mas na prática, frequentemente estes direitos são negados às pessoas com deficiência, sejam eles direitos políticos, económicos e/ou sociais.

Uma parte significativa das pessoas com deficiência enfrenta dificuldades de locomoção, isso acontece porque os espaços públicos e privados são construídos sem levar em consideração as necessidades particulares de cada pessoa, que podem ser permanentes ou que pode ser apenas uma fase da vida que pode requerer uma atenção especial, como os idosos, grávidas, crianças, entre outras…

Vivemos num mundo cheio de “Diferenças”e “Diferentes”. As pessoas são diferentes entre si, existem diferenças sociais, de raça, cultura, religião, hábitos e costumes.

Para viver na sociedade é necessário aceitar as diferenças e “respeitar” opiniões. É reconhecer que podemos errar e corrigir, e que nem sempre conseguimos corresponder às expectativas criadas pelos outros e por nós próprios.
É necessário aceitarmo-nos para aceitar o outro. As diferenças individuais contribuem para o desempenho do trabalho coletivo.

Na vida social, o indivíduo precisa estabelecer boas relações entre si, tanto afetivas como de cooperação, sempre respeitando as diferenças. A inclusão torna-se assim pertinente.

As diferenças individuais não podem ser vista como uma barreira. Podemos aproveitar as habilidades de cada um, para um bom desempenho, seja no trabalho, na escola ou qualquer espaço social.
A sociedade atual está mais aberta para “as diferenças” mas a “diversidade” ainda gera muitas discussões.

No entanto, houve tempos em tudo era mais difícil. Como é o caso dos “Portadores de necessidades especiais” que na atualidade têm mais aceitação na sociedade.

Precisamos mesmo é respeitar essa “diversidade”porque todos somos diferentes em muitos aspectos e a sociedade que vivemos é formada por diferenças.

Assim, é muito importante que comecemos a aprender a conviver com as nossas “DIFERENÇAS” e com as dos outros.

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