MIGUEL TEIXEIRA |
Dizem as estatísticas hoje divulgadas, que em 2017, morreram mais 24 mil portugueses relativamente ao número de nascimentos ocorridos nos últimos 12 meses. Estamos a perder gente, sem que se perspetive uma estratégia nacional, uma mudança de paradigma tendente a inverter a perda populacional, estimulando a natalidade. Em 2080, já cá não estarei de certeza, mas nesse ano, a este ritmo de decréscimo do número de nascimentos, serão menos cerca de 3 milhões de portugueses do que atualmente. Passaremos de 10 milhões e trezentos mil para cerca de 7 milhões. Desses, seguramente mais de metade, terão mais de 50 anos. Com o aumento da esperança de vida, com uma fatia significativa de portugueses em situação de reforma, a viver cada vez mais tempo, o grande problema quando chegarmos a 2080 e seguramente muito antes dessa data, será o financiamento da segurança social. Haverá menos portugueses no mercado de trabalho e muitos mais em situação de aposentação, o que, em teoria, originará uma situação insustentável no sistema público de segurança social.
Ao olhar para este cenário desolador, o "mundo" no qual as minhas filhas, teoricamente ainda vão viver em 2080, ocorre-me a famosa frase dita em 13 de Abril de 1970, por James Lovell, comandante da nave Apollo 13, 3ª missão da tripulada à lua do projeto Apollo da Nasa, que não cumpriu a missão devido a um acidente durante a viagem de ida, causado por uma explosão no módulo de serviço, que impediu a descida na Lua.
O que Lovell disse então foi:
"Houston, we've got a problem".
Saiba o país, nos próximos anos, encontrar novas soluções para o "resolver".
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