quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

ALZHEIMER

VANESSA MIMOSO
A Doença de Alzheimer é o tipo de Demência que mais predomina.

Ao falarmos em Demência falamos de uma deterioração global, em que de forma gradual e lenta a pessoa vai perdendo capacidades ao nível do funcionamento. Regra geral, a demência aparece em pessoas com mais de 60 anos, porém, a demência não faz parte de um processo normal de envelhecimento pois à medida que a pessoa envelhece a perda de células cerebrais é um processo normal. Só que na demência, a perda de células cerebrais ocorre a um ritmo muito rápido o que afeta diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem e o pensamento) que leva a alterações no comportamento da pessoa.

A Doença de Alzheimer trata-se de uma doença degenerativa e que pode ter várias causas: sexo, fatores genéticos/hereditariedade, traumatismos cranianos, entre outros.

Inicialmente, as dificuldades ao nível da memória e a perda de algumas capacidades intelectuais, podem ser tão leves que passam despercebidas, tanto pela pessoa em causa como pelas pessoas que a rodeiam. Porém, à medida que a doença avança, os sintomas tornam-se mais evidentes e começam a interferir nos trabalhos/tarefas do dia a dia (vestir, lavar, ir à casa de banho) levando a pessoa a ficar totalmente dependente dos outros.

Focando-nos nos sintomas, há alterações ao nível da memória (dificuldades em recordar acontecimentos recentes; alterações na memorização do significado das palavras que permite às pessoas estabelecerem conversas com significado; e ainda, a perda de memória como conduzir os nossos atos, como por exemplo não saber como usar uma

faca ou um garfo). É também notória a incapacidade de realizar movimentos voluntários, como por exemplo atar os atacadores, apertar botões e abrir uma torneira. Dificuldade na compreensão da linguagem e perda da capacidade para falar, utilizando uma linguagem quantitativamente empobrecida. 

No geral, a pessoa com Doença de Alzheimer apresenta dificuldades em identificar/reconhecer os objectos e para que servem (por exemplo, usar um garfo em vez de uma colher), assim como deixar de reconhecer as pessoas. Chega a ver-se ao espelho e não se reconhecer como sendo o próprio.

Outros dos sintomas que podem ser observados são: deambulação (diurna e/ou nocturna); desorientação espácio-temporal; incontinência e comportamento agressivo. 

Relativamente à intervenção a pacientes com Alzheimer, esta deve ser uma intervenção multidisciplinar. Uma intervenção que reúna o tratamento farmacológico com o apoio psicossocial, terapia comportamental e reestruturação cognitiva, com o objetivo de retardar a sua dependência e abrandar a deterioração cognitiva.

Aconselha-se que sejam estabelecidas rotinas para o banho, assim como um horário fixo para as refeições e manter horários para o deitar e levantar. O contacto regular com caras conhecidas pode ajudar. Devem ser evitadas discussões e/ou confrontações por forma a não piorar as situações.

As demências são incuráveis, no entanto, deve existir uma intervenção bem planeada e estruturada com o intuito de proporcionar uma melhor qualidade de vida quer ao paciente, quer ao seu cuidador. Salienta-se que a intervenção junto do cuidador e/ou familiar é tão importante quanto a intervenção feita ao paciente (grupos psicoterapêuticos).

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