MOREIRA DA SILVA |
As respostas das instituições sociais face às necessidades dos grupos de pobreza e de exclusão social têm vindo a aumentar, em termos de quantidade e qualidade, para apresentarem soluções que vão de encontro às novas necessidades e ajudarem a combater os graves problemas sociais, como o da pobreza e da exclusão social. É neste cenário de fragilidade social que o Estado tem cada vez menos eficiência e não consegue dar respostas aos muitos problemas com que a sociedade portuguesa se depara.
Perante esta ausência de serviços dignos por parte do Estado, a sociedade civil tem vindo a mobilizar-se através duma excelente rede de Instituições de Solidariedade Social, que tem revelado uma abnegação sem limites a favor da sociedade, ao serviço dos mais frágeis. Com dedicação e altruísmo, a ação destas instituições tem sido decisiva também para evitar um maior sofrimento enfrentando as situações de pobreza e de exclusão social, protegendo e apoiando dentre os frágeis os mais frágeis, incluindo as crianças, os idosos e os acamados e dependentes nas atividades básicas.
As instituições de solidariedade social implementaram, nos últimos tempos, novas formas de atuação e apresentam um serviço ímpar à comunidade com um trabalho carinhoso de qualidade superior junto dos grupos mais frágeis da sociedade. São largas centenas de instituições espalhadas pelo país que, diariamente, se dedicam generosamente com elevado empenho e delicadeza a ajudar e a socorrer os mais necessitados, sem qualquer procura de reconhecimento, apenas com o nobre propósito de fazer o bem.
Num estudo recente foi revelado que tem havido um aumento de casos de fome em pessoas assistidas por instituições e que se verifica a manutenção da situação, ou mesmo um ligeiro agravamento. Mais de metade (51%) das famílias recebe apoio de uma instituição há mais de dois anos e 22% entre um e dois anos, sendo a alimentação o principal apoio recebido (85%). O estudo também analisou a situação das crianças portuguesas, que se encontram entre as mais vulneráveis da União Europeia, sendo Portugal o país com a oitava maior taxa de pobreza infantil (18,2%).
Neste triste e lamentável estado social, muitas pessoas procuram o seu caminho de felicidade no voluntariado dando o máximo de si junto dessas instituições de solidariedade social. Os voluntários só podem ser pessoas felizes! Sem o apoio generoso dos voluntários seria muito difícil essas organizações sobreviverem, pois o apoio estatal é muito escasso e não chega para os serviços prestados, muito menos para suportar as necessidades de estruturas cada vez mais onerosas. Bendito voluntariado!
Às instituições de solidariedade social só temos de dizer, pela sua abnegação e pelo trabalho que praticam em prol dos mais frágeis da sociedade: muito, muito obrigado por aquilo que têm feito por Portugal. Um bem-haja muito sentido!
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