ISABEL PINTO DA COSTA |
Ansiedade, podia escrever sobre ansiedade, começando com uma frase, minha, no entanto devido à ansiedade que as pessoas têm ao começar a escrever um artigo e eu não sou exceção vou optar por usar a definição de um autor muito conhecido Augusto Cury “Ansiedade é a Síndrome do pensamento acelerado”.
Nos dias de hoje quem não se encontra ansioso? Por circunstâncias de vida ou por receio de não corresponder às expetativas dos outros ou de si próprio! No entanto, é fundamental termos um diagnóstico assertivo para sabermos com que ansiedade estamos a lidar.
Pode ser ansiedade cognitiva ou motora ou ansiedade vegetativa (ativação fisiológica). Em cada uma delas temos sintomas específicos, para resolvermos este diagnóstico tão comum nos artigos de hoje.
Se apresentamos uma ansiedade cognitiva (pensamentos ansiosos) ou motora, temos sintomas como preocupação e insegurança, sensação de perda de controle, movimentos bruscos, hiperatividade, descoordenação motora, sintomas que, por vezes, são confundidos com ataque cardíaco. Se por sua vez nós apresentarmos ansiedade vegetativa, temos uma ativação fisiológica alterada, que se carateriza com sintomas como: taquicardia ou aumento do ritmo cardíaco (palpitações; aperto no peito; tensão muscular que podem ser tremores ou agitação, suores frios ou quentes; sensação de falta de ar ou asfixia; náuseas; tonturas ou vertigens; desmaio; rigidez muscular; dormência nas mãos e pés e perturbações do sono e alimentares).
Aqui, neste tipo de ansiedade, a intervenção terapêutica pode passar por realização de um treino de relaxamento que reduz ao fim de algumas sessões os níveis de ansiedade.
Com ansiedade não temos qualidade de vida, limita-nos a nossa liberdade de sermos felizes, por isso se queremos resolver a nossa ansiedade temos que:
1. Descobrir a causa da mesma, por sua vez pode ser uma causa interna ou externa;
2. Desviar a atenção do problema, pensarmos noutras áreas de interesse para não estarmos o dia todo focados no problema que nos causou ansiedade;
3. Respirar profundamente, ou seja, controlar a nossa respiração e aqui entra o treino de relaxamento e por último e 4º lugar viver o presente, não antecipar expetativas negativas sobre as coisas e o que pode acontecer.
Referindo-me novamente ao autor Augusto Cury, “A humanidade adoeceu coletivamente, das crianças aos adultos” ou seja, o que podemos dizer é que a sintomatologia ansiosa atinge nos dias de hoje qualquer faixa etária, pode ser uma criança, como um adolescente, como um jovem, um adulto, ou um idoso, o que é importante é ser feito o diagnóstico e a intervenção psicológica ser eficaz, ou seja, através da realização de psicoterapia, para treinos em situação de consulta e posteriormente o paciente ser capaz de lidar com essa ansiedade em situações reais ou através de um treino de relaxamento.
O importante é que essa ansiedade não continue a interferir no nosso dia-a-dia em diferentes contextos de vida, como em família, no trabalho, no relacionamento interpessoal com o grupo de amigos, na intimidade afetiva dos casais, em situações de posição hierárquica superior ou simplesmente quando estamos a sentir que não correspondemos às nossas expetativas pessoais.
Viver sem ansiedade terá que ser o slogan do ano de 2018, pois assim teremos muito mais qualidade de vida.
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