ELISABETE RIBEIRO |
Retrocedendo um pouco nos acontecimentos. Em outubro passado fiz uma ressonância magnética à zona lombar para descobrir a proveniência da dor que me acometeu nos últimos treinos que tinha feito.
Pelo que o médico resumiu, correr estava fora de questão até tratar esta lesão. Segui para fisiatria. Após análise foram-me prescritas 20 sessões de fisioterapia (comparticipadas). Quando as iniciei comecei logo a revirar os olhos. Um fisioterapeuta para 4/5 pessoas??? Como é possível? Bem, é possível, mas o certo é que durante as 20 sessões foi mais do mesmo (TNS, magnetos, ultra sons e ginásio) mãozinhas, que era bom e provavelmente mais eficaz, nem vê-las. Poucas melhorias senti. Terminei as sessões com uma sensação de tempo perdido. Não passei de um número e a qualidade de tratamento e profissionalismo foi pior que as temperaturas do inverno na Sibéria.
Voltei a falar com a Fisioterapeuta que me tem acompanhado. Admirou-se por nem sequer terem feito um tratamento de massagem. Pois, nem um em 20. Recomecei a fazer tratamento com ela. Para terem uma ideia, no fim da 1ª sessão, deixei de ter dores na zona da virilha, pois era uma mazela que também me perseguia. A 2ª sessão incidiu mais na zona lombar, mais precisamente na lesão assinalada a vermelho no relatório. Essa zona, (L5-S1) entre a 5ª vértebra e a sacro (a articulação sacro-ilíaca é a maior articulação do corpo humano e faz a conexão entre a base da coluna vertebral (osso sacro) e os ossos da bacia (ilíacos)) é a que me tem dado mais problemas.
Para verificar o seu estado, e com indicação da Fisioterapeuta, fui fazer um treino breve e leve.
20 de janeiro, 10.30h, nevoeiro, temperaturas a rondar os 5 graus, equipei-me e escolhi um trajeto tranquilo e plano. Estava verdadeiramente emocionada por voltar a correr. Senti aquele formigueiro típico da ansiedade, mas, em simultâneo, de alegria.
Após um bom aquecimento de 10 minutos, comecei a correr. A sensação foi deliciosa. As pernas responderam muito bem. A respiração estava coordenada. Pensei fazer 30 minutos bem calminhos. Quando cheguei aos 15 minutos comecei a sentir tensão na zona lesionada. Tentei correr sem me defender e mais devagar. Aos 20 minutos a dor aumentou e caminhei uns 100 m. Retomei a corrida mas a dor veio mais forte e irradiou para o grande glúteo. Parei ao fim de 24 minutos de treino. Acreditem ou não, tive vontade de chorar. Mas em nada ajudava. Regressei a casa e e fiz uns bons 15 minutos de alongamentos. Não senti mais dores. Contudo, o problema está lá e necessita de continuar a ser tratado.
Resumidamente, participação em provas, não é para tão cedo. Ou então treino de andarilho. Todavia, arranjarei sempre forma de estar em algumas como espetadora. :)
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