quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

EDUCAÇÃO: ONTEM E HOJE

ELISABETE RIBEIRO
Pensar na educação de ontem é voltar a tempos não muito longínquos. A figura do professor era uma autoridade e estava acima de tudo e todos. Ao aluno só lhe era permitido sentar corretamente. Não olhar para os lados e escutar. Em momento "adequado" devia demonstrar o que aprendeu nas avaliações, sem margem nem permissão de cometer erros.
Punições eram frequentes, tanto físicas como psicológicas, com a permissão dos pais. Há ainda quem defenda que eram tempos bons, pois o aluno aprendia e jamais esquecia. Agora questiono: Será que era verdade? A resposta a que chego não é animadora, pois se aprendiam era à base do decorar sem compreender.
Havia sim um certo respeito ao professor. O ambiente escolar era mais severo e exigente.
O professor tinha o quadro negro e os livros didáticos como ferramenta de trabalho. O dito,"quadro e giz". Tinha como obrigação superar o livro. Os conteúdos eram predefinidos pelo estado ditatorial vigente.
Será que se aprendia ou fingia-se que havia aprendido?
Hoje temos a nosso favor o mundo da tecnologia. O aluno já tem contacto com muitas informações provenientes de um quotidiano preenchido com computadores, tablets, telemóveis topo de gama e afins. Cabe ao professor filtrar essas informações e utilizá-las em contexto escolar.
A planificação dos conteúdos é mais flexível com possibilidade de ser alterada mediante as necessidades apresentadas.
A escola tornou-se num ambiente mais livre onde os temas abordados já não apresentam restrições políticas ou morais. Contudo, a verdade é que a família ausentou-se mais deste ambiente escolar. A escola passou a ser o veiculo, não apenas do ensino com também da educação. Assume-se como um meio “familiar”.
Por razões históricas, a escola sempre foi vista como um local para se aprender a ler, escrever e contar. Atualmente a a escola faz muito mais do que isso. Mas a escola não pode fazer tudo sozinha. Precisa de ajuda da comunidade escolar e da sociedade em geral. Sozinha não apresenta os alicerces necessários para suportar as exigências que lhe são atribuídas.
A escola deve e precisa ser agradável e prazerosa, para que o processo ensino-aprendizagem aconteça. Para que isso seja possível o professor,o aluno e o ambiente devem estar em sintonia.
O professor deixou de ser o centro do processo de ensino. Passou a ser um mediador. O aluno de mero expectador passou a colaborador, pois é a partir de seus conhecimentos prévios que a aprendizagem formal acontecerá e novos conceitos serão formados.


Para nós, professores, refletir sobre a forma de se ensinar ontem e hoje é repensar na forma de ensinar. Pois são novos tempos, uma nova geração e é inadmissível pensar em educação como se fazia antes.

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