sábado, 6 de janeiro de 2018

DOENTE SEM ABRIGO NO NATAL DE 2017

ANTONIETA DIAS
Não podemos adivinhar, muito menos prever as condições em que estaremos no próximo dia de Natal de 2017.

Podemos tropeçar num momento de sorte e criar as condições para uma passagem de Natal Feliz, todavia podemos ter o azar de não encontrar um abrigo e teremos que ficar sozinhos, ausentes da Família e internados num Hospital.

Este é um dilema que podemos vivenciar em qualquer dia do ano, pois a Saúde, a Fama e a Fortuna são efémeras.

Quando encaramos o futuro não sabemos se vamos ou não propeçar na Felicidade, é uma incógnita, uma imagem, uma incerteza que nos deixa por vezes inseguros.

Não são os acontecimentos passados, os projetos, muito menos os objetivos que nos alicerçam e nos oferecem as garantias de que a nossa vida terá sempre um abrigo, que nos acolherá e nos ajudará a percorrer o caminho mais ou menos floreado pela experiencia emocional vivenciada que desafiará o desejo de criar um sentimento comum onde o esforço para a procura da felicidade não terá fim.

Se o sentido da Vida Humana tem como pilar a Solidariedade então podemos acreditar que não ficaremos sós em nenhum dia, nem tão pouco no Natal de 2017.

Quando se pergunta ao doente se a dor de ficar só é tolerável ele responderá “ não é impossível, não consigo aguentar a solidão”. E como vamos então mudar o conceito do sofrimento? Talvez procurando uma resposta num mundo imaginário suficientemente audaz e claro onde o compromisso é visto com óculos cor-de-rosa, onde a realidade não passa de ilusão, onde a necessidade da dor, da perda, da rejeição encontra o equilíbrio conflitual entre reconhecer que ignorar é mais importante que dar conforto e prazer aqueles que sofrem em silêncio, que eram ricos porque tinham saúde e agora se encontram fragilizados, abandonados, isolados e sem Família que os apoie. 

Mas se é este o fracasso do doente, quantos de nós serão capazes de inverter os caminhos, de enfrentar e combater esta realidade?

Certamente muito poucos. Mas se todos uníssemos os esforços e conseguíssemos despir o véu do egoísmo / individualismo, deixaríamos de viver uma ilusão e construiríamos uma Sociedade Justa e Perfeita.

Talvez este apelo faça crescer na nossa Alma a necessidade de termos mais responsabilidade e fraternidade social e em vez de ficarmos mergulhados no nosso ostracismo, passemos a ser intervenientes ativos, confiantes das nossas capacidades e peregrinos da Luz que ilumina a prática do Bem.

Este é o caminho que temos que desbravar, fazendo da receita o apoio incondicional e o medicamento milagroso, que traduzirá festejar o Natal apoiando os doentes que vivem sós, com a prática do voluntariado dos que não ficam indiferentes ao sofrimento e ao isolamento do doente.

Mas não é por ser Natal que seremos Solidários, já que a nossa missão é Servir é dar a mão, é apoiar e este ato de Servir deverá ser praticado todos os dias, ensinado e transmitido com orgulho dando a mão a quem não a pede mas a deseja.

Se conseguirmos ver mais claro o horizonte e dermos mais atenção aos Seres Humanos passaremos o conhecimento da nossa mente que é brilhante, para a ação em que ajudar se torna no desejo de obter o mais elevado grau da Sabedoria que só se atinge se conseguirmos cruzar Amor com partilha de Felicidade, Alegria e Harmonia.

Sem comentários:

Enviar um comentário