ANTONIETA DIAS |
Não podemos adivinhar, muito menos prever as condições em que estaremos no próximo dia de Natal de 2017.
Podemos tropeçar num momento de sorte e criar as condições para uma passagem de Natal Feliz, todavia podemos ter o azar de não encontrar um abrigo e teremos que ficar sozinhos, ausentes da Família e internados num Hospital.
Este é um dilema que podemos vivenciar em qualquer dia do ano, pois a Saúde, a Fama e a Fortuna são efémeras.
Quando encaramos o futuro não sabemos se vamos ou não propeçar na Felicidade, é uma incógnita, uma imagem, uma incerteza que nos deixa por vezes inseguros.
Não são os acontecimentos passados, os projetos, muito menos os objetivos que nos alicerçam e nos oferecem as garantias de que a nossa vida terá sempre um abrigo, que nos acolherá e nos ajudará a percorrer o caminho mais ou menos floreado pela experiencia emocional vivenciada que desafiará o desejo de criar um sentimento comum onde o esforço para a procura da felicidade não terá fim.
Se o sentido da Vida Humana tem como pilar a Solidariedade então podemos acreditar que não ficaremos sós em nenhum dia, nem tão pouco no Natal de 2017.
Quando se pergunta ao doente se a dor de ficar só é tolerável ele responderá “ não é impossível, não consigo aguentar a solidão”. E como vamos então mudar o conceito do sofrimento? Talvez procurando uma resposta num mundo imaginário suficientemente audaz e claro onde o compromisso é visto com óculos cor-de-rosa, onde a realidade não passa de ilusão, onde a necessidade da dor, da perda, da rejeição encontra o equilíbrio conflitual entre reconhecer que ignorar é mais importante que dar conforto e prazer aqueles que sofrem em silêncio, que eram ricos porque tinham saúde e agora se encontram fragilizados, abandonados, isolados e sem Família que os apoie.
Mas se é este o fracasso do doente, quantos de nós serão capazes de inverter os caminhos, de enfrentar e combater esta realidade?
Certamente muito poucos. Mas se todos uníssemos os esforços e conseguíssemos despir o véu do egoísmo / individualismo, deixaríamos de viver uma ilusão e construiríamos uma Sociedade Justa e Perfeita.
Talvez este apelo faça crescer na nossa Alma a necessidade de termos mais responsabilidade e fraternidade social e em vez de ficarmos mergulhados no nosso ostracismo, passemos a ser intervenientes ativos, confiantes das nossas capacidades e peregrinos da Luz que ilumina a prática do Bem.
Este é o caminho que temos que desbravar, fazendo da receita o apoio incondicional e o medicamento milagroso, que traduzirá festejar o Natal apoiando os doentes que vivem sós, com a prática do voluntariado dos que não ficam indiferentes ao sofrimento e ao isolamento do doente.
Mas não é por ser Natal que seremos Solidários, já que a nossa missão é Servir é dar a mão, é apoiar e este ato de Servir deverá ser praticado todos os dias, ensinado e transmitido com orgulho dando a mão a quem não a pede mas a deseja.
Se conseguirmos ver mais claro o horizonte e dermos mais atenção aos Seres Humanos passaremos o conhecimento da nossa mente que é brilhante, para a ação em que ajudar se torna no desejo de obter o mais elevado grau da Sabedoria que só se atinge se conseguirmos cruzar Amor com partilha de Felicidade, Alegria e Harmonia.
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