MANUEL DO NASCIMENTO |
Pascal Teixeira da Silva foi o primeiro diplomata francês de origem portuguesa com funções de Embaixador de França em Portugal. Com apenas cinco anos de idade, o seu pai, português, chega a França. Pascal Teixeira da Silva, formado da ENA (Escola Nacional de Administração) em França, com o diploma do IEP (Instituto dos Estudos Político de Bordéus) é destacado para a embaixada de Bona (Alemanha) depois em Moscovo, antes de ser nomeado em 1997, Primeiro Conselheiro (adido da missão francesa) para representar a permanência da França junto da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque. Em 2001, é nomeado ao cargo de diretor adjunto das Nações Unidas e das Organizações Internacionais junto da Direção Geral dos Negócios Estrangeiros Políticos e Segurança do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em 2005, é nomeado diretor da Estratégia junto da direção Geral e da Segurança Exterior (DGSE) do ministério da Defesa. Em 2010, com a idade de 52 anos é nomeado Embaixador de França em Lisboa. Do decorrer da Primeira Guerra mundial, a França tinha perdido mais de um milhão de homens, portanto, a França precisa de mão-de-obra, nos anos 20, o seu avô António Teixeira, partiu para França. Em 1933, o seu avô chamou a mulher e filho, José para Bordéus. José frequentou o seminário dos padres, onde esqueceu a sua língua materna. Quando deixou o seminário José casou-se com uma francesa, e, em 1957, nasce Pascal Teixeira da Silva, onde cresceu praticamente afastado da comunidade portuguesa, além de manter alguns contactos com alguns primos em Portugal. Em casa só se falava francês, tendo esquecido a sua língua materna, que a aprendeu mais tarde, tal como eu, que tentei aprender o português, quando estava num estágio no Brasil. Pascal Teixeira da Silva, tem dois filhos; o mais jovem encontra-se em Lisboa, aprende o português no Liceu Francês, e o mais velho encontra-se em Paris, também aprende o português “o português é uma cultura portuguesa, e faz parte da nossa história” diz Pascal Teixeira da Silva. Se na família Teixeira, em França, não ouve mulheres “porteiras”, o meu pai ainda conheceu a dureza e o trabalho árduo.
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