TÂNIA CARVALHO |
Estas são três das várias perguntas que se forem respondidas afirmativamente, podem ser um sinal de alerta para um diagnóstico de perturbação obsessivo-compulsiva.
As características essenciais desta perturbação são as obsessões e as compulsões recorrentes.
As Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens persistentes que são experimentados como intrusivos e inapropriados e que causam forte ansiedade ou mal-estar. A qualidade intrusiva e inapropriada das obsessões tem sido referida como “egodistónica”. Isso indica o sentimento do sujeito de que o conteúdo da obsessão lhe é estranho, fora do seu controlo e que é um tipo de pensamento que esperaria não ter. Contudo, o sujeito é capaz de reconhecer que as obsessões são produto da sua mente e não lhe são impostas exteriormente (DSM).
As Compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais, cujo objetivo é evitar ou reduzir a ansiedade ou o mal-estar e não criar prazer ou gratificação. Na maior parte dos casos a pessoa sente-se compelida a executar a compulsão para reduzir o mal-estar que acompanha a obsessão ou para evitar situações ou acontecimentos temidos (DSM).
A perturbação obsessivo-compulsiva (POC) limita profundamente a qualidade de vida de um individuo. Esta perturbação é hoje reconhecida como a 4ª perturbação psicológica mais prevalente, e tão frequente como, a asma ou diabetes.
Obsessões comuns e Compulsões comuns:
Medos de contaminação por micróbios, elementos patogénicos, sujidade, etc;
Medo de se ter magoado ou prejudicado a si próprio ou aos outros, inadvertidamente;
Imaginar que se perde o controlo sobre os seus impulsos agressivos;
Pensamentos ou impulsos intrusivos e indesejados de natureza sexual;
Dúvidas religiosas ou morais excessivas;
Pensamentos proibidos;
Necessidade de ter os objetos exatamente como “devem estar”;
Necessidade de contar, perguntar, esclarecer, confessar;
Medo de certos números, cores ou palavras.
Sem comentários:
Enviar um comentário