sexta-feira, 13 de outubro de 2017

MOTIVOS PARA A DESIGUALDADE DE GÉNERO

JOÃO RAMOS
A OCDE assegura que em média, as mulheres recebem cerca de 85% do salário dos homens na generalidade das economias avançadas. Os especialistas apontam a existência de um número superior de empregos associados ao sexo feminino de baixa remuneração e à baixa porção de mulheres em posições de topo. O top quatro de profissões do sexo feminino corresponde a ocupações, como enfermagem, professora, operária fabril e empregada de limpeza. Tratando-se de trabalhos de baixas remuneração e estatuto, é normal que a desigualdade de géneros seja significativa, entre a população nacional.

No entanto, a diferença nos salários de homens e mulheres começa a aumentar, aquando do nascimento do primeiro filho. Entre 40% a 75% das mães, optam por pedir licença sem vencimento, trabalhar menos horas ou mudar para empregos mais próximos de casa. Pelo contrário, apenas 10% a 15% dos pais afirma realizar o mesmo esforço, para reforçar a sua presença junto dos filhos. Um estudo americano afirma que o preço a pagar pelo nascimento de um filho, nos salários de uma mulher é de 4%, podendo chegar aos 10%, para posições de topo. Por outro lado, os elevados custos associados às cresces e infantários obriga a que as mães sejam forçadas a optar por empregos precários, em part-time e de salários inferiores.

A este respeito, as políticas públicas podem promover a alteração de comportamentos, ao prolongar as licenças de parto, como na Suécia, ao disponibilizar cresces públicas e ao realizar campanhas de sensibilização junto das jovens portuguesas, incentivando a escolha de profissões, como a engenharia, que tradicionalmente surgem associadas ao sexo masculino.

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