MÁRCIA PINTO |
Educar um filho não se resume a pagar a mensalidade de uma boa escola e a encher a criança de presentes caros. Criar bem um filho não é decorar um quarto bonito e levá-lo a passear nas férias, é muito mais que isso!
Assim, nem todas as mulheres nascem com a vocação para serem mães. Quando pensava neste tema, antes de ser mãe, ficava um pouco confusa pois na minha cabeça ter filhos seria fundamental para todas as mulheres. Parecia-me estranho uma mulher não ter nascido para ser mãe.
Hoje percebo quando isso acontece e ninguém deveria sentir a obrigação de ter filhos, a não ser que exista um verdadeiro desejo de ser mãe e a real intenção de se comprometer com a educação de um filho.
No entanto, infelizmente, vemos muitas mulheres sem instinto maternal e desprendimento lutando para serem mães. Mulheres que trabalham 12 horas por dia e que se colocam em primeiro, segundo e terceiro lugar, mas querem ser mães. Para quê? Para cumprir um objetivo social?
Os filhos precisam da companhia das mães, eles querem ouvir histórias antes de adormecer, querem ser abraçados e beijados. Os filhos querem contar o que aconteceu na escola e pedem ajuda para fazer os trabalhos de casa, eles não querem ser filhos apenas nas férias, feriados prolongados e meia hora por dia, entre a chegada do trabalho e os cuidados com a beleza.
Não quero com isto dizer que uma mulher não possa conciliar uma carreira com a maternidade. Claro que sim! Pode e deve. Contudo, mulheres muito focadas na sua vida profissional, viciadas em trabalho e nelas próprias deveriam pensar calmamente se nasceram mesmo para serem mães.
Além disso, muitos casais trazem ao mundo uma criança sem terem nenhuma estrutura familiar, emocional ou financeira, fazem-no apenas para satisfazer um desejo pessoal e social. Há mulheres que dão prioridade ao desejo de ser mãe em detrimento das condições de vida que poderá oferecer ao novo ser que dependerá dela. No entanto, muitas delas são cautelosas quando desejam ter um animal de estimação, nesse caso pensam se terão tempo de cuidar dele, alimentá-lo, levá-lo para passear, ao veterinário…
Deste modo, é preciso perceber que o erro não está em querer ou não ter filhos, mas em não estar disposta a assumir a responsabilidade dessa escolha. Decisões tão importantes como essas devem ser tomadas racionalmente, e não emocionalmente.
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