segunda-feira, 30 de outubro de 2017

HALITOSE - DETETAR E TRATAR

INÊS MAGALHÃES
A halitose, vulgo mau hálito, define-se como um hálito desagradável e incómodo, podendo ter diferentes origens.

Esta condição afeta quase a totalidade dos indivíduos, mesmo que de uma forma ocasional e transitória, podendo levar a repercussões sociais, afetivas e psicológicas. Na grande maioria dos casos a origem da halitose está na cavidade oral, contudo pode ainda representar o início de uma doença sistémica.

De manhã, ao acordar, é normal que sintamos por vezes um hálito mais intenso, que até nos pode levar a sentir a necessidade de lavar os dentes. Este hálito matinal é fruto, não só da diminuição da quantidade de saliva produzida durante a noite, mas também da abstinência, durante várias horas, na ingestão de líquidos e alimentos. Este hálito, geralmente, é normalizado depois da primeira refeição, seguida da primeira higiene oral do dia.

As causas orais da halitose podem estar relacionadas com vários aspetos. Exemplos disso são: uma má higiene oral, cáries dentárias, doenças gengivais (gengivite e periodontite), ulcerações e infeções orais (bacterianas, virais ou fúngicas), próteses dentárias associadas a má higiene oral, xerostomia (diminuição do fluxo salivar) e cancro oral.

Contudo, está cientificamente provado que a presença de bactérias, associadas à presença de um substrato proteico, que contem enxofre, libertam compostos sulfurosos voláteis, resultando então numa sensação de hálito desagradável.

Estas bactérias encontram-se por toda a cavidade oral, contudo elas preferem alojar-se em zonas mais rugosas, amplas e onde a higiene se torna mais difícil, como é o caso da língua. Nesta zona, associando a placa bacteriana com os resíduos alimentares, saliva e corrimento nasal posterior obtemos o substrato ideal para a libertação dos compostos acima mencionados que resultarão em mau hálito.

As causas externas da halitose estão relacionadas com a ingestão de determinados alimentos (ex. cebola e alho), bem como a ingestão de álcool, tabaco ou qualquer medicamento que reduza o fluxo salivar.

É de salientar que, por vezes, esta halitose pode ter outra origem que não a oral, como por exemplo sinusites, refluxo gastro esofágico, diabetes e o próprio ciclo menstrual.

Para prevenir a halitose é essencial manter uma higiene oral correta (uso do fio dentário, escova e pasta dentífrica), nunca esquecendo de no fim escovar a língua, desde a sua parte posterior até à sua ponta. A ingestão adequada de água também favorece uma correta hidratação e, consequentemente, um correto fluxo salivar.

Se a sensação de mau hálito persistir é essencial consultar um profissional de saúde oral, que o irá aconselhar qual a melhor forma de combater a halitose.

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