sexta-feira, 13 de outubro de 2017

ÚLCERA DE PRESSÃO E ESTADO NUTRICIONAL

DIANA PEIXOTO
Tendo em conta uma revisão bibliográfica da literatura nacional e internacional, vamos debruçar-nos sobre os aspetos da avaliação nutricional na úlcera de pressão.

Sabe-se que a nutrição inadequada afeta todo o nosso sistema, levando à perda de peso, atrofia muscular e redução da massa magra. Para além disso, a má nutrição está também entre os fatores mais importantes na etiologia das úlceras de pressão, atuando na patogénese e ajudando na não–cicatrização das mesmas.

As alterações do estado nutricional e risco para presença da úlcera de pressão podem ser mais frequentes em pacientes hospitalizados, tratados no domicílio ou em centros de reabilitação, portadores de doenças crónicas, como AVC, cancro ou outras. Assim, é importante que o enfermeiro, na recolha dos dados referentes ao estado nutricional do paciente, utilize diferentes fontes de informação e as interprete adequadamente para o desenvolvimento de um plano de cuidado de enfermagem assim como para encaminhamento ou consulta com outros membros da equipe de saúde como o nutricionista.

A orientação de pacientes e familiares no que respeita a parte nutricional é fundamental como medida preventiva e de tratamento. Os pacientes desnutridos, já na admissão nos serviços de saúde tendem a desenvolver mais facilmente úlceras de pressão. Ou seja, há estudos que evidenciam que prevenir a desnutrição vai reduzir o risco para a formação de úlceras de pressão. Quanto mais elevada a dependência do paciente, maior o risco para uma ingestão inadequada pois esta depende tanto da compra como do preparo para além da dificuldade em alimentar-se, portanto é importante a elaboração de um plano que considere o estado nutricional e as necessidades do paciente em questão.

Concluiu-se então que os pacientes que apresentam risco para o desenvolvimento de úlcera de pressão podem ser identificados precocemente através da avaliação nutricional, incluindo os dados bioquímicos, antropométricos, sinais clínicos, história dietética e gasto energético. As alterações são mais frequentes em pacientes idosos, hospitalizados, portadores de doenças crónicas como acidente vascular cerebral, cancro, etc.

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