FILIPA PARREIRA |
A
síndrome do túnel do carpo (STC) é uma das doenças mais frequentemente tratadas
pelos ortopedistas e especialistas em cirurgião da mão. O diagnóstico é clínico
e determinado pela história e pelo exame físico.
O que é?
A
síndrome do túnel do carpo caracteriza-se pela compressão do nervo mediano a
nível do punho. A compressão ocorre por diminuição do espaço no interior do
canal ou por aumento do volume das estruturas dentro dele.
Quais as suas causas?
A síndrome do túnel do carpo é muitas
vezes o resultado de uma combinação de fatores que aumentam a pressão sobre o
nervo mediano e tendões no túnel do carpo, em vez de um problema com o próprio
nervo. Pode haver uma predisposição congénita, em que o túnel do carpo é
simplesmente menor em algumas pessoas do que em outras.
Outros fatores contribuem para esta
condição, tais como: trauma ou lesão no punho que causam inflamação, obesidade,
hipotiroidismo, retenção de líquidos durante a gravidez ou a menopausa, artrite
reumatóide, uso excessivo do punho, ou o desenvolvimento de um quisto ou tumor
no canal. Em alguns dos casos, nenhuma causa pode ser identificada.
A síndrome do canal cárpico ocorre
frequentemente sem um motivo evidente. O problema afeta mais frequentemente as
mulheres do que os homens, possivelmente pelo facto das mulheres terem
normalmente canais cárpicos mais estreitos. Esta síndrome pode afetar uma ou
ambas as mãos.
Sinais e Sintomas
Na história clínica, a queixa mais comum
do paciente é a de “formigueiros” e dor na mão, comprometendo o polegar,
indicador e dedo médio, mas não é rara a referência de parestesias em todos os
dedos da mão.
Frequentemente estes sintomas pioram
durante o sono e provocam o despertar do paciente durante a noite e que
melhoram com o movimento dos dedos da mão.
Os doentes às vezes notam que têm
diminuição da força de preensão, podendo deixar cair os objectos da mão. Nos
casos mais graves, a sensibilidade pode estar completamente ausente e os
músculos da base do polegar atrofiados (atrofia da eminência tenar).
Como consequência, surge limitação para
as atividades diárias e incapacidade para o trabalho.
Diagnóstico
O diagnóstico nem sempre é fácil devido
ao facto do quadro clínico poder variar muito quanto à duração e intensidade dos
sintomas.
Os profissionais de saúde, como médicos
e fisioterapeutas, devem obter uma história clínica detalhada e realizar um
exame físico que deve incluir, as caraterísticas pessoais, avaliação da
sensibilidade e da parte muscular. Um exame físico das mãos, braços, ombros e
coluna cervical podem ajudar a determinar se as queixas individuais estão
relacionadas às atividades diárias ou a um distúrbio subjacente.
O diagnóstico, apesar de eminentemente
clínico, com base nos sintomas e na distribuição das alterações sensoriais da
mão, também deve ser feito por meio de métodos neurofisiológicos para avaliação
da velocidade de condução do nervo mediano.
Um diagnóstico precoce é importante para
evitar danos permanentes no nervo mediano.
Tratamento
Numa fase inicial, a terapia farmacológica com medicamentos
anti-inflamatórios não esteróides podem aliviar a dor e inflamação associada a
esta condição.
A
intervenção da fisioterapia no tratamento na
síndrome do túnel do carpo deve começar o mais cedo possível.
Outras possibilidades como, o uso de
tala noturnas ou durante atividades mais extenuantes e a modificação de
atividade poderão aliviar os sintomas.
Com a minha prática clínica verifico que
a intervenção com técnicas segundo o método de Pold, acupuntura, osteopatia,
mesoterapia homeopática, eletrólise percutânea intratecidular (EPI), exercícios
de alogamento e de fortalecimento consegue-se aliviar os sintomas que esta
síndrome provoca.
Quando os sintomas são muito intensos ou
não melhoram, a cirurgia poderá ser necessária.
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