ANTÓNIO REIS (ao centro) |
Um fim de tarde de sábado, em que os raios de sol, início de primavera, se confundem com o “lazer” que sai lá do ponto mais alto da Torre Eifel. A luz do dia acaba, mas a noite começa com o mesmo brilho. Um reduzido grupo de emigrantes, que gozam da felicidade que nunca poderiam ter no país onde nasceram, reunirem-se para desfrutar de umas horas de lazer. Estes que há cerca de meia dúzia de anos partiram à procurando uma vida mais prospera, em outra latitude/longitude, alegam que têm saudades do seus Portugal, mas já mais pensam em regressar definitivamente.
Laços de sabores e cheiros
POSTA À MIRANDESA |
É impossível cortar laços com as origens. Pois, por todas as cidades da Europa e outras dos restantes países do globo terrestre, há sempre um cheiro, um sabor e uma palavra portuguesa ao voltar da próxima avenida.
Foi o que encontramos nesse início de noite de sábado, na cidade “luz”. A convite de dois emigrantes portugueses, empresários de sucesso em terras “gaulesas”. Seguimos o azimute rumo ao “Plaisir du Portugal”, um restaurante com as mais originais matérias-primas portuguesas, desde os condimentos, às carnes e onde encontramos o “rei” de Portugal, “sr. bacalhau”. A manusear as iguarias nacionais encontramos meia dezena de portugueses que todos os dias transformam o produto nacional em requintados pratos a degustar pelos clientes que bem conhecem os sabores bem português. O bacalhau às mil e uma maneiras e a carne de Trás-os-Montes, a típica posta mirandesa, aconchegam o estômago e alimentam a nostalgia de quem está longe do seu país – Portugal.
Vinho português
VINHO |
Para acompanhar uma refeição bem portuguesa não poderia deixar de estar presente um vinho que corresponda ao conteúdo empatado. Assim, encontramos na garrafeira do “Plaisir du Portugal” um dos melhores vinhos que se produzem entre o Planalto Transmontano e o Douro; um vinho produzido na adega cooperativa de Freixo de Espada À Cinta, com nome bem sugestivo da sua origem e de excelente qualidade, “Montes Ermos”. Um vinho tinto jovem e frutado com notas de especiarias, com um curto estágio em madeira, ideal para momentos especiais no acompanhamento gastronómico.
Montes Ermos é o nome dado aos vinhos e azeites produzidos pela Adega Cooperativa da Vila de Freixo de Espada À Cinta, nome escolhido em honra à Senhora dos Montes Ermos, padroeira da vila. A divindade do vinho confunde-se com a qualidade quando passa pelas pupilas-gustativas, entre aromas, textura, taninos e cor rubi. Na área geográfica, onde se encontram plantadas as videiras que dão origem a tão nobre néctar, podemos observar amplas paisagens e um belo mosaico agrícola, com impressionantes fragas nos maciços rochosos escarpados de granito, xisto e quartzo, distribuídos ao longo do vale do Douro internacional e seus afluentes e meseta transmontana. Além do produto de excelência que ano após ano se produz por estas terras do mais profundo mundo transmontano, outrora abandonadas pelos povos de Roma que aí deixaram as primeiras vitis, assim como o abandono actual dos mais jovem habitantes; podemos contemplar uma natureza no seu estado mais puro e selvagem com uma fauna e flora grandiosas e outone.
No périplo pela cidade de Paris, durante o fim-de-semana, podemos encontrar outros vinhos de origem portuguesa e da região do Douro, a preços apelativos e de qualidade à sua classificação. Mas destes falaremos em próximas edições.
(SALA DO RESTAURANTE) |
Restaurante “PLAISIR DU PORTUGAL”
Uma refeição completa pode custar entre €100 a €150 por pessoa
62, Avenue de Verdun 94 000 Créteil
Téléphone / 01 48 99 20 20
Mail: plaisirduportugal@gmail.com
Vinho:
Montes Ermos Colheita DOC do ano 2014 - 5,25 € - preço referente à saída da adega cooperativa de Freixo de Espada À Cinta
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