ANTONIETA DIAS |
Não podemos crescer se não gerarmos dentro de nós o sentimento de partilha da cidadania, da defesa da nossa identidade, se não dignificamos o ato médico e se desvirtuamos o valor da vida humana.
Precisamos em cada dia que passa de identificar os sinais que fragilizam, que potenciam ações destinadas a tornarem vulneráveis, inseguros e ameaçadores os padrões éticos que sustentam a confiança dos doentes nos atos médicos e tentam prejudicar a credibilidade dos pensamentos, das ações e da ciência médica.
Quanto melhor identificarmos, interpretarmos e atuarmos em conformidade com os princípios fundamentais que alicerçam o poder da vida, mais preparados estamos para combater aqueles que pretendem transformar a Sociedade numa fórmula matemática, onde tudo é permitido mesmo que destrua a Vida Humana.
Citando Eckhart Tolle" As pessoas não percebem que agora é tudo o que é, não existe passado ou futuro exceto como uma memória ou antecipação em nossas mentes".
Assim devemos focar a nossa atenção nos detalhes cognitivos que dirigem o pensamento e o nosso ser para questões mais importantes que os números e não podemos deixar que o hoje seja desprovido da razão e do presente antecipando as nossas mentes para o processo de salvação realista e não ilusório.
Consciente ou não as pessoas vão adiando o momento presente para um futuro que pode ser incerto e desacreditado, deixando perder a vida e não vão semeando o sentimento de amor, de qualidade, de afeto, de solidariedade e de partilha que cada vez mais é uma exigência da nossa existência.
A responsabilidade de um cidadão consciente não é aceitar de forma passiva que os atos menos adequados violem a nossa consciência, comprometam a Paz no mundo e adulterem a nossa vivência.
Não é reclamando sem objetivos ou propósitos que conseguiremos ter sucesso, muito menos virtudes.
Quanto mais nos concentramos no valor da vida e nos focalizamos no tempo (passado, presente e futuro), menos compreendemos o poder de Agora.
Se acreditarmos que a Vida é a coisa mais preciosa que existe, porque é única e permanece no Agora, não podemos deixar de nos preocupar com as transformações existentes no tempo presente e que se irão refletir no futuro, criando um vazio, destruindo os valores e gerando uma inutilidade de princípios que irão destruir o Mundo em que vivemos.
Ao focalizar a sociedade atual numa muralha cujos princípios vão depender do fator numérico onde o infinito termina na meta do 3 mais um é igual a quatro, estamos a deixar fugir a Fé, as Regras Morais, o Amor fraternal, a Honra e a Ciência, permitindo que a sociedade nos insulte, nos calunie, nos agrida, nos desonre, nos prejudique, nos transforme numa cúpula de cimento, onde o dever e o respeito, são substituídos pela mentira, pela incompetência, pela corrupção, deixando o poder da Nação com pessoas sem carater que acabarão por afastar e destruir os Homens com valor.
O propósito do médico é construir um projeto verdadeiro, genuíno, glorioso, respeitável, alicerçado na Ciência, na Verdade, na Justiça, e deverá ser executado com Humanidade com vigor, com energia, com satisfação, cuja conduta será sempre sustentada por Valores Éticos e Sabedoria, alicerçada na prudência, no cumprimento da Lei e no Respeito pela Vida Humana, pelo Estado e pela Nação.
Não existe nem terra, nem céu se semearmos vícios, mentiras, intolerâncias, egoísmos e fanatismos.
Não é pertença do médico, manter o luto universal, muito menos tornar indigna a Sociedade, mas é com certeza colocar a ciência ao serviço da defesa da dignidade e da vida do paciente.
O médico tem o dever de respeitar o doente, colocando todos os meios que tem ao seu alcance para praticar medicina de qualidade, tem que ter liberdade de decisão clinica, serenidade para que o ato médico que executa seja perfeito.
Cabe ao médico a responsabilidade de agir de acordo com a Legis Artes, de prestar os esclarecimentos e dizer a Verdade aos seus doentes para poderem dar o seu consentimento livre e esclarecido e à Sociedade compete respeitar a dignidade e o mérito do profissional de saúde que dedica a sua vida a servir o próximo.
Em suma, o ato médico é a conquista do sucesso do conhecimento aplicado ao doente com o objetivo de o curar ou de minimizar o seu sofrimento.
Para o médico é importante que a Luz permaneça, que o cérebro se abra para a sabedoria, que aprenda a amar e que trabalhe sempre sem parar até conseguir salvar o doente.
Quem pensar que já obteve o triunfo, para e quem para morre.
Temos que lutar contra as adversidades, polindo e reconstruindo o caminho da Verdade, da Ciência e da Justiça, para que o futuro seja melhor para os nossos doentes e sobretudo para manter a perfeição da Humanidade.
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