PALMIRA CRISTINA MENDES |
Em jeito de ferias, apetece me contar a “real anedota”.
Certo dia, um ladrão entrou de madrugada num escritório de advogados de Coimbra e fez a recolha dos bens que queria roubar. Mas cumprida a árdua tarefa, deu-lhe o sono e decidiu passar pelas brasas no conforto da sala de reuniões do escritório. Aconchegado a uma toga de advogado, deixou-se cair tão profundamente nos braços de Morfeu que já era meio-dia quando um advogado o encontrou, ainda deitado.
Pouco depois do sobressaltado acordar, o assaltante, de 23 anos, era detido pela PSP de Coimbra.
O jovem ainda sem cadastro, confessou que seriam umas três horas da madrugada quando entrou no escritório de advogados. Porém a vizinhança da zona fina da cidade de Coimbra diz que não, que já seriam umas cinco horas quando ouviu um barulho estranho, presume-se provocado pelo arrombamento de uma porta. Era porta das traseiras do edifício e dá para uma varanda. O assaltante terá escalado até ali com a ajuda de um cano de água pluviais . Arrombada a porta que não tem alarme, tratou de recolher os bens que lhe interessavam. E que teria dificuldade de levar de uma só vez sozinho: três pinturas de Noronha da Costa, um televisor, vários relógios, dois anéis, um isqueiro e uma máquina fotográfica. Foi tudo avaliado em E74.000 euros.
Depois da colecta feita em várias divisões do edifício, o assaltante ter-se-á sentido cansado e acomodou-se na sala de reuniões do escritório. Pegou num casaco que estava pendurado num cabide, dobrou-o e fez dele almofada. Uma toga ter-lhe-á servido para se proteger da aragem que porventura entraria pela varanda. Tudo lhe correria bem se um advogado do escritório tivesse decidido passar o domingo em descanso. Mas como contou um colega dele, o jurista foi ao escritório, seriam 12 horas, buscar uns documentos de trabalho. Mal entrou, viu tudo remexido e, já na sala de reuniões, deparou-se com o assaltante deitado adormecido no chão. Obviamente que o final não foi Feliz!!
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