domingo, 2 de julho de 2017

E, DE REPENTE, TUDO ACABA

LÚCIA LOURENÇO GONÇALVES
Abruptamente param-se os sonhos, interrompem-se os projetos, deixam-se os bens materiais, os amores, tudo… Num momento temos o futuro pela frente, no instante seguinte tudo nos pode ser levado. Num ápice perde-se a vida!

Isto leva-me a pensar no que fazemos ao longo dos nossos dias: nas atitudes, prioridades, emoções... Enfim, na vida no seu todo. Logicamente, não devemos viver a pensar que acabará hoje, amanhã ou depois... Porque essa é a maior incógnita com que temos que viver. Não está nas nossas mãos determinar a data, nem a forma como a perderemos. A única certeza que nos é permitida é a de que não somos eternos!

Então, porquê tanta ganância? Tanta sede de poder, de protagonismo, tanta maldade gratuita, falta de civismo e consideração pelos outros? Vivemos em sociedade, o mais lógico e certo seria olharmo-nos com “olhos de ver” e, mutuamente, aceitarmo-nos como somos. Porém, quantas vezes e, com a maior indiferença, viramos as costas aos problemas, à miséria que vemos à nossa volta? Onde se encontra a lógica neste desinteresse pelo outro? Existe lógica?! Tudo podia ser tão mais fácil, se nos déssemos à “liberdade” de pensarmos e vermos além de nós mesmos…

Afinal, numa qualquer hora de um dia incerto, quando menos esperamos tudo se vai… E tudo fica!

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