domingo, 11 de junho de 2017

VIVER NO AMOR E NÃO NO TERROR

MOREIRA DA SILVA
Matar pessoas é a única vontade dos jihadistas do Daesh, dos terroristas islâmicos, que tentam espalhar a desordem e o medo por todo o mundo. Como a sua capacidade está a ficar cada vez mais debilitada, em virtude dos ataques eficazes, de que têm sido alvo as suas bases principais, na Siria e no Iraque, o método que estes assassinos têm vindo a utilizar são cada vez mais diversificados.

Como já não conseguem efetuar ataques em grande escala, este grupo terrorista islâmico tem preferido fazer ataques em grande quantidade, mas de baixa intensidade e pouco sofisticados. Embora estes ataques sejam fáceis de executar são, por isso mesmo, de difícil prevenção, muitíssimo permeáveis ao controlo e duma perigosidade extrema.

A estratégia dos jihadistas do Daesh é minar as sociedades livres, desestabilizar e espalhar o medo através de ações terroristas, em países que fazem parte de coligações que os combatem, e em locais com grande aglomerado de pessoas, como aconteceu nos três últimos ataques homicidas, em Inglaterra. Obviamente que o “modus operandi” deste grupo assassino teve de ser alterado.

Os novos métodos dos terroristas cobardes homicidas que vitimam pessoas inocentes vão desde a utilização de armas de fogo, golpes de faca, carros que atropelam em massa e bombas de fabrico artesanal, como aconteceu no atentado suicida após um concerto da cantora norte- americana Ariana Grande, na Arena de Manchester, em Inglaterra. É verdade que são métodos pouco sofisticados, mas têm mostrado que são eficazes no seu objetivo, que é matar pessoas, conseguir uma ampla publicidade e plantar o terror no coração das pessoas.

O melhor combate que as sociedades livres podem fazer aos jihadistas do Daesh é não viverem sob o peso do terrorismo, não os deixar vencer, não se deixarem render ao medo, não capitularem perante o ódio. Foi o que fez Ariana Grande, com a realização de um novo concerto, em Manchester, que teve a participação de muitos cantores de nomeada.

Foram muitos os cantores que quiseram marcar presença neste concerto, como por exemplo: Robbie Williams, Katy Perry, Justin Bieber, a banda britânia Coldplay, que cantaram “Viva La Vida” e a própria Ariana Grande, que cantou “Where is the love” (“Onde está o amor”). Mas o momento mais emocionante do concerto foi protagonizado pela própria Ariana grande, quando cantou “Somewhere over the rainbow” (“Além do arco-iris”), durante a qual a cantora, assim como milhares de pessoas presentes, não conseguiram conter as lágrimas, que passaram pelo coração e escorreram pelo rosto sulcado de revolta.

Também foram exibidas muitas mensagens de solidariedade de celebridades como Stevie Wonder, Bono e do futebolista David Beckham, estrela da seleção inglesa e do Manchester United. Entre o horror e a coragem, milhares de pessoas assistiram ao concerto “One Love Manchester”, também para poderem gritar: o medo não vai vencer!

Este concerto foi um convite para se viver a vida no amor e não no terror. Foi um verdadeiro hino à vida, ao amor, contra o ódio, contra o terror e aconteceu poucos dias depois do atentado ocorrido na Arena de Manchester, no final do concerto da cantora Ariana Grande. Este atentado originou mais de duas dezenas de mortos e mais de uma centena de feridos, e foi reivindicado, pelos jihadistas do Daesh, pelo autodenominado Estado Islâmico, que mais não é do que um grupo de terroristas loucos e assassinos.

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