LÚCIA LOURENÇO GONÇALVES |
Pois é, quem de nós nunca deu por si à procura de um objeto que, finalmente, encontra mesmo diante dos seus olhos? Acho que todos nós já passamos por essa experiência, inicialmente extremamente irritante, mas que por fim nos faz rir.
De facto esta arte das incongruências ou distrações, por vezes, leva-nos a viver momentos que no momento estranhamos, mas que depois e dependendo do sentido de humor de cada um, alguns deles transformam-se em momentos a recordar ao longo da vida.
Por exemplo, já comi castanhas assadas com açúcar. Sim, isso mesmo. Açúcar em vez de sal! E quando eu alertei para a doçura exagerada e as mãos pegajosas típico dos alimentos açucarados, foi-me dito: não estou tolinha, então eu ia lá confundir sal com açúcar? Ok! Calei-me e comi as castanhas que até nem estavam más. Mas, apesar de não ter insistido, tinha a certeza do que dizia. A confirmação chegou dias depois, quando me informaram que além das castanhas também o frango para o almoço do dia seguinte fora “temperado” com açúcar!
Passaram anos e fruto da atenção ou do simples acaso, nunca me aconteceu trocar alimentos sem intenção de o fazer. Até à semana passada, que apressada para tomar o pequeno-almoço, dei por mim a preparar o meu leite com café (a escolha daquela manhã) com a sensação que algo não batia certo. Soube o que era no momento em que levei a chávena à boca e o leite me soube apenas a sal!
Pois é, “adocei” a minha chávena de leite matinal com o conteúdo do saleiro. Ah, não experimentem é horrível!
Concluindo: nunca afirmem que a vocês isso não aconteceria, a vossa mente pode trair-vos. Em contrapartida, riam-se e partilhem os vossos dissabores domésticos. Transformem um momento “frustrante”, num pedacinho de boa disposição. A vida agradece!
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